Haddad se mantém com 21%, em 2º, contra 11% de Ciro e 8% de Alckmin
Haddad se mantém com 21%, em 2º, contra 11% de Ciro e 8% de Alckmin (Cedoc/RAC)
A menos de uma semana das eleições 2018, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos percentuais e chegou a 31% de intenção de votos, seu patamar mais alto desde o início da série de pesquisas Ibope/Estado/TV Globo. Em segundo lugar, estacionado, o petista Fernando Haddad se manteve com os 21% registrados no levantamento anterior, divulgado no dia 26. A seguir aparecem Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve seus 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 4%, sua taxa mais baixa desde o início da campanha. João Amoêdo (Novo) tem 3%; Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) têm 2% cada um; Cabo Daciolo (Patriota), 1%; Guilherme Boulos (PSOL), Vera Lúcia (PSTU), Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não pontuaram. Votos totais No universo dos votos totais, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad aumentou de 6 pontos percentuais para 10 em cinco dias. Quando se considera apenas os votos válidos, ou seja, sem contar os brancos e nulos, o candidato do PSL lidera por 38% a 25%. Na simulação de segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT, há um empate: ambos com 42%. Na pesquisa anterior, Haddad tinha 42% e Bolsonaro, 38% — um empate no limite da margem de erro, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. No quesito rejeição, o candidato do PSL segue líder, com 44%. Mas a quantidade de eleitores que não admitem votar em Haddad de jeito nenhum deu um salto, passando de 27% para 38%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores, em 208 municípios, entre os dias 29 e 30 de setembro. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança, de 95%. Isso quer dizer que há probabilidade de 95% de os atuais resultados retratarem o atual quadro eleitoral, considerando a margem de erro. Avaliação O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), que nas eleições 2018 é o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, avaliou ontem que Haddad é o concorrente “mais fácil” de derrotar no segundo turno. “Eu acho que não tem mais fuga. Se o Bolsonaro não vencer no primeiro turno, o segundo será disputado com Haddad”, disse. “É bom porque vamos capitalizar o sentimento que existe no País, que não quer a volta desse grupo à Presidência da República”, avaliou. Ele deu essas declarações ao desembarcar em Brasília, onde visita a família. Na conversa com jornalistas, Mourão disse que, após a votação do dia 7, a tendência é a campanha buscar uma negociação com candidatos como Alvaro Dias e Amoêdo e atrair parcela do eleitorado de Geraldo Alckmin. (Do Estadão Conteúdo)