ELEIÇÕES

Bolsonaro quer fim do 'instituto da reeleição'

Presidenciável diz que, se eleito, fará uma ?excelente reforma política?

Estadão Conteúdo
21/10/2018 às 11:32.
Atualizado em 06/04/2022 às 01:16

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ontem que, caso seja eleito, pretende fazer uma “excelente reforma política” e acabar com o “instituto da reeleição”. Afirmou também que, como parte dessa reforma, pretende reduzir o número de deputados. “Quero diminuir um pouco, em 15%, 20%, a quantidade de parlamentares”, disse. O candidato concedeu uma entrevista à imprensa na sua chegada à casa do empresário Paulo Marinho, onde estão sendo gravados os programas de sua campanha. Bolsonaro voltou a reclamar das urnas eletrônicas e afirmou que, caso seja eleito, pretende criar um sistema eletrônico de votação “confiável, que possa ser auditado”. Ele também falou sobre a composição de seu ministério em caso de vitória. O tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir ao espaço, estaria “quase confirmado” para a Ciência e Tecnologia. Ele adiantou ainda que ainda que em seu governo não haverá um Ministério das Comunicações - a Pasta poderia fazer parte do Ministério da Educação. Banco Central O candidato admitiu a hipótese de manter o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no cargo. “Eu acho que tudo o que estiver dando certo tem que continuar. Não vou dizer que tudo no governo Temer está erraro”, afirmou - para, logo em seguida, mudar de tom ao dizer que o dólar teria caído “muito mais por conta das pesquisas de intenção de voto do que pela ação de Goldfajn”. Por fim, ele disse que “quem vai ver isso (a questão do comando do BC) é o Paulo Guedes (economista que deve assumir o Ministério da Fazenda)”. Sobre a denúncia envolvendo a disseminação de notícias falsas por milhares de grupos de whatsapp que estariam sendo impulsionados em seu nome, o candidato limitou-se a dizer que não tem nada a ver com isso. “Eu não preciso de fake news. Esse tipo de contato com bandidos quem tem é o PT, não eu”, afirmou. Sobre o mesmo assunto, o presidente do PSL, Gustavo Bebiano, afirmou que entrará com um pedido na Procuradoria Geral da República (PGR), na próxima segunda-feira para que se investigue “a fundo” a denúncia de compra de pacotes de envios de mensagens em massa contra o PT por empresas que apoiariam o candidato. “Vamos pedir que essa denúncia, que não tem pé nem cabeça, seja apurada até o fim”, disse Bebiano.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por