REAÇÃO

Bolsa bate recorde e atinge 135,7 mil pontos

Indice supera a marca alcançada em dezembro de 2023

Estadão Conteúdo
20/08/2024 às 05:24.
Atualizado em 20/08/2024 às 12:02

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo)

Depois do leve ajuste de -0,15% na última sexta-feira, quando interrompeu série de oito sessões em alta que o levou à máxima história intradia, o Ibovespa retomou a ascensão nesta abertura de semana, alcançando também no fechamento novo patamar recorde, quase aos 136 mil pontos - superando marca que vinha do encerramento da penúltima sessão de 2023, em 27 de dezembro, então aos 134.193,72 pontos.

Ontem, o índice da B3 oscilou entre mínima de 133 953,32 e máxima de 136.179,21 pontos, novo recorde intradia. Ao fim, mostrava alta de 1,36%, aos 135.777,98 pontos, com giro financeiro a R$ 25,5 bilhões na sessão.

Em agosto, o Ibovespa acumula ganho de 6,37% no mês, que o coloca no positivo no ano (+1,19%). Na B3, destaque nesta segundafeira para o forte desempenho do setor metálico em sessão de alta para o minério na China, e também para as ações de bancos, com Bradesco (ON +5,62%, PN +4,48%), Vale (ON +1,60%), Usiminas (PNA +6,91%), CSN (ON +6,19%) e Gerdau (PN +2,50%). 

Na ponta vencedora do índice de ontem, ganhos de dois dígitos para empresas do ciclo doméstico, como Petz (+23,87%) e Lwsa (+12,74%), além de Marfrig (+13,19%), CVC (+12,04%) e Magazine Luiza (+10,65%). No lado oposto, vieram Weg (-2,74%), Prio (-2,66%), Sabesp (-1,22%) e 3R Petroleum (-1,10%).

"O aparente alinhamento entre as falas do presidente Lula e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, parece ser o 'driver' da alta de hoje (ontem)", disse Inácio Alves, analista da Melver.

O efeito foi visível também no câmbio - com o dólar em baixa de 1,02%, a R$ 5,4120 - e na curva do DI, que retrocedeu na sessão, refletindo ainda o apetite por risco no exterior. Em Nova York, destaque ontem para o Nasdaq, em alta de 1,39% no fechamento.

Os contratos futuros do petróleo recuaram mais de 2,5% após acelerarem queda no fim do pregão, em meio a expectativas por um acordo de cessar-fogo em Gaza. Investidores também monitoraram sinais de fraqueza na demanda da China, Assim, o avanço do Ibovespa não foi maior na sessão porque Petrobras fechou em baixa (ON -0,77%, na mínima do dia no encerramento; PN -0,16%), destoando do movimento observado nas demais blue chips nesta segunda-feira.

No quadro doméstico, Alves, da Melver, destaca "falas duras" de Galípolo com relação a inflação e Selic, bem como a queda das expectativas para o IPCA, de acordo com o Boletim Focus, de 4,20% para 4,05%. "Expectativas são o que explica o que se viu hoje", aponta também Gabriel Meira, sócio da Valor Investimentos, com revisões, para cima, na expectativa para a Selic no fim do ano, mesmo considerando a possibilidade de que o Federal Reserve venha a cortar juros nos Estados Unidos. 

"Várias casas estão revisando o cenário para Selic no final do ano, com estimativas que chegam a 11,75% para a taxa básica de juros - ou seja, 1,25 ponto porcentual acima do nível em que está hoje", acrescenta Meira, referindo-se também à perspectiva de "soft landing" nos Estados Unidos, sem ajuste abrupto nos juros de referência americanos. "A queda dos juros nos Estados Unidos tende a ser tranquila, é o que se espera de momento, o que ajuda aqui com a Selic" - e que se reflete também na recente apreciação do real frente ao dólar, aponta o analista.

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