Hamza Kashgari, preso há 20 meses foi acusado por comentários no Twitter sobre Maomé
Gosto de algumas coisas em ti, mas outras me aborrecem e há muitas coisas tuas que não compreendo, escreveu o blogueiro sobre o profeta ( Reprodução)
As autoridades sauditas libertaram nesta terça-feira (29) o blogueiro Hamza Kashgari, preso há 20 meses e acusado de blasfêmia por comentários feitos no Twitter. A libertação foi confirmada pelo ativista saudita dos direitos humanos Walid Abulkheir. Hamza Kashgari, que trabalhava para um jornal de Jidá (oeste do país), fugiu do reino em fevereiro de 2012 depois de receber ameaças de morte por ter publicado no Twitter uma mensagem dirigida ao profeta Maomé no aniversário de seu nascimento. O blogueiro foi entregue pelo governo da Malásia às autoridades sauditas. "No dia do teu aniversário não me inclinarei diante de ti (...) gosto de algumas coisas em ti, mas outras me aborrecem e há muitas coisas tuas que não compreendo", escreveu Kashgari na mensagem que provocou a detenção. As autoridades sauditas anunciaram a libertação depois de muitas críticas recebidas pela manutenção da proibição para que as mulheres dirijam veículos. Várias sauditas organizaram uma campanha pela mudança da regra no sábado passado. Veja também Vídeo na internet mostra saudita espancando asiático Vítima diz no vídeo preferir a morte a continuar a ser atingido, mas o saudita continua a chicoteá-lo Mulheres desafiam as autoridades e voltam a dirigir A Arábia Saudita é o único País do mundo onde as mulheres não têm direito de dirigir um automóvel Sultanato de Brunei introduz a lei islâmica O sultão Hassanal Bolkiah anunciou em um discurso oficial a promulgação de um novo código penal islâmico Arábia Saudita rejeita entrar para o Conselho da ONU A Arábia Saudita foi eleita pela primeira vez membro não permanente do Conselho de Segurança de ONU