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BCE encerra programa de compra da dívida

O Banco Central Europeu (BCE) confirmou, nesta quinta-feira (13), o encerramento, até o final do ano, de seu histórico programa de compra líquida de ativos iniciado em 2015 para estimular a economia, por meio do qual injetou 2,6 trilhões de euros na economia

AFP
13/12/2018 às 12:00.
Atualizado em 05/04/2022 às 19:33

O Banco Central Europeu (BCE) confirmou, nesta quinta-feira (13), o encerramento, até o final do ano, de seu histórico programa de compra líquida de ativos iniciado em 2015 para estimular a economia, por meio do qual injetou 2,6 trilhões de euros na economia.Depois de sua reunião mensal, os governadores do BCE também decidiram manter sem alterações, "pelo menos até o verão de 2019", suas principais taxas de juros.Como havia anunciado em junho, o BCE acabará com a compra da dívida pública e privada - o programa conhecido como "quantitative easing" (QE) - no final de dezembro. As quantias injetadas na economia desde outubro representavam apenas 15 bilhões de euros mensais.Com isso, a entidade põe fim a sua principal ferramenta do arsenal anticrise, o qual evitou uma deflação na zona euro e uma recessão maior quando o bloco da moeda única ainda se recuperava da crise da dívida.Por meio deste programa, o BCE injetou cerca de 2,6 trilhões de euros no mercado.A entidade anunciou, porém, que manterá as condições de financiamento favoráveis para não pôr a reativação em perigo no momento em que os riscos se acumulam.Como estava previsto, a principal taxa de refinanciamento ficou sem alterações, a zero, e os bancos continuarão pagando juros negativos de 0,40% pelo excedente que depositarem na entidade, segundo o comunicado do BCE.O Banco planeja manter suas taxas sem alterações, "pelo menos até o verão de 2019", mas a mudança de política deve ser detalhada no ano que vem.Fica em suspenso saber quando a instituição elevará suas taxas pela primeira vez desde 2011. O calendário divide os membros do conselho de governadores.Dada a incerteza que se acumula sobre o crescimento na zona euro, os observadores antecipam uma primeira alta a partir de 2020, ou seja, depois de encerrado o mandato do presidente do BCE, Mario Draghi, em outubro de 2019.cfe/pa/pb/tt

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