INTERNACIONAL

Bayer suprimirá 12.000 postos de trabalho após compra da Monsanto

A Bayer anunciou nesta quinta-feira (29) a supressão de 12.000 postos de trabalho em todo o mundo até 2021, após a compra da gigante americana de transgênicos e pesticidas Monsanto

AFP
29/11/2018 às 16:10.
Atualizado em 05/04/2022 às 20:10

A Bayer anunciou nesta quinta-feira (29) a supressão de 12.000 postos de trabalho em todo o mundo até 2021, após a compra da gigante americana de transgênicos e pesticidas Monsanto.O grupo alemão suprimirá empregos, sobretudo, em sua filial agroquímica, um total de 4.100 empregos, assim como na produção de medicamentos sem receita (1.100) e na de investigação e desenvolvimento (1.250).O gigante químico e de farmácia elimina, assim, mais de 10% de seus efetivos, o que, segundo ele, permitirá economizar 2,6 bilhões de euros por ano. Em um comunicado, o grupo detalhou que "um número significativo das supressões será na Alemanha". "Essas mudanças são necessárias e estabelecerão novas bases para a Bayer, lhe permitirão melhorar seus rendimentos e sua flexibilidade", disse Werner Baumann, conselheiro delegado do grupo, com sede em Leverkusen.A empresa alemã desembolsou 63 bilhões de dólares em junho para adquirir a Monsanto, que produz, entre outros, o glifosato, um herbicida acusado de ser nocivo para a saúde.Apenas dois meses depois, uma sentença judicial em San Francisco (Estados Unidos) determinou que a Monsanto deveria ter advertido um usuário sobre os riscos de câncer de seu herbicida Roundup, à base de glifosato.Mas no início deste mês, o demandante aceitou reduzir a indenização por danos a 78 milhões de dólares dos 289 milhões iniciais.A compra da Monsanto, descrita como o "casamento do diabo" por seus críticos, levou a Bayer a colocar suas atividades agroquímicas e farmacêuticas no centro de sua estratégia. Por isso quer se separar agora do seu setor de saúde animal, o menor do grupo, e vender duas outras atividades de cuidados pessoais: Coppertone (protetor solar) e Dr. Scholl (cuidados com os pés).O grupo alemão planeja vender sua participação de 60% na Currenta, que explora três plantas químicas na Alemanha. Desde a sentença judicial, os investidores observam com nervosismo o grupo. Ativistas e políticos dos Estados Unidos e da Europa argumentam que o glifosato causa câncer, embora a Bayer assinale que estudos científicos não encontraram nenhuma conexão.No final do mês passado, a filial americana enfrentava 9.300 casos relacionados ao glifosato. Mas Bauman, o conselheiro delegado do grupo, confia na integração da Monsanto. Embora tenha reconhecido que poderiam apresentar mais processos, reiterou que a Bayer "se defenderá com todos os meios disponíveis".MonsantoBayer

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