A Áustria expulsará até 60 imames financiados pela Turquia e fechará sete mesquitas em uma operação contra o "Islã político" - anunciou o chanceler Sebastian Kurz nesta sexta-feira (8)
A Áustria expulsará até 60 imames financiados pela Turquia e fechará sete mesquitas em uma operação contra o "Islã político" - anunciou o chanceler Sebastian Kurz nesta sexta-feira (8).A Turquia reagiu, chamando de "islamofóbica" e "racista" a ofensiva contra "o Islã político"."O fechamento por parte da Áustria de sete mesquitas e a expulsão de imames é o resultado da onda populista, islamofóbica, racista e discriminatória neste país", tuitou Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente Recep Tayyip Erdogan.O chefe de governo austríaco explicou que a decisão foi tomada, após uma investigação da autoridade de assuntos religiosos por conta de imagens divulgadas, no início do ano, de meninos vestidos de soldados recriando uma emblemática batalha otomana da Primeira Guerra Mundial em uma mesquita apoiada pela Turquia.O ministro do Interior, Herbert Kickl, indicou que a expulsão poderia afetar até 60 imãs e suas famílias, cerca de 150 pessoas, todos eles ligados à Turquia."As sociedades paralelas, o Islã político e a radicalização não têm lugar no nosso país", afirmou Kurz.As fotos, publicadas pela revista "Falter", mostravam meninos vestidos de uniforme camuflado desfilando, saudando, agitando bandeiras turcas e imitando os mortos: seus "cadáveres" estavam alinhados e envoltos em bandeiras.A mesquita em questão era administrada pelas Associações Culturais Turco-Islâmicas (ATIB), com sede na cidade alemã de Colônia, e uma filial da agência turca de assuntos religiosos Diyanet.A própria ATIB condenou as imagens na época, classificando o ato de "muito lamentável" e garantindo que "foi cancelado antes de terminar".jsk/nla/acc-pc/ra/tt