INTERNACIONAL

Audi aponta para novas 'irregularidades' em emissões a diesel

A fabricante de luxo alemã Audi anunciou nesta terça-feira (8) ter detectado "irregularidades" nos controles de emissões dos modelos recentes A6 e A7, abrindo uma nova etapa do escândalo "dieselgate", de sua empresa Volkswagen

AFP
08/05/2018 às 16:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 08:03

A fabricante de luxo alemã Audi anunciou nesta terça-feira (8) ter detectado "irregularidades" nos controles de emissões dos modelos recentes A6 e A7, abrindo uma nova etapa do escândalo "dieselgate", de sua empresa Volkswagen.A confissão da Audi veio à tona após o Ministério de Transporte da Alemanha dizer que a KBA, autoridade de licenciamento de veículos, estava investigando suspeitas de que a montadora tinha instalado um novo "aparelho de manipulação ilegal" em cerca de 60 mil modelos A6 e A7 no mundo todo.As revelações foram divulgadas primeiramente pela revista Der Spiegel, que afirmou que grandes recalls eram "altamente prováveis". Cerca de metade dos carros afetados foram vendidos na Alemanha. De acordo com a Spiegel, os carros têm softwares que deliberadamente desaceleram o uso de um fluido especial neutralizador de poluição nos últimos 2.400 km de sua vida útil, para evitar que os condutores tenham que reabastecer o chamado líquido AdBlue entre as atualizações regulares de serviço.Mas a redução do funcionamento do AdBlue também diminui drasticamente sua efetividade na neutralização das emissões poluentes de óxidos de nitrogênio do motor, tornando os carros a diesel muito mais poluentes nesse período. Esse é o último escândalo relacionado ao diesel no grupo Volkswagen, ainda se recuperando da acusação, na semana passada, do ex-CEO Martin Winterkorn nos Estados Unidos por seu papel no "dieselgate" - escândalo que abala o grupo desde 2015. - 'Revelação completa' -A Audi, subsidiária da VW, disse em nota que ela própria tinha relatado as irregularidades para as autoridades assim que foram detectadas em testes de rotina e "interrompeu imediatamente as entregas" dos modelos A6/A7.O CEO da Audi, Rupert Stadler, disse que a empresa agiu rapidamente "porque a revelação completa é do nosso maior interesse".Os consumidores seriam notificados e poderão receber uma atualização de softwares, disse a Audi. Ele acrescentou que cooperaria com os inquéritos lançados pela autoridade de transporte KBA, que anteriormente disse ter solicitado esclarecimentos à Audi. Não é a primeira vez que a indústria automobilística alemã é acusada de adulteração de AdBlue. Daimler e Volkswagen enfrentaram a ameaça de recalls por acusações semelhantes em fevereiro. O alegado esquema fraudulento do AdBlue é diferente do que provocou a crise do "dieselgate" da Volkswagen, que envolveu um software instalado em cerca de 11 milhões de carros a diesel no mundo, que poderiam detectar quando um veículo estava passando por testes de poluição e reduzir as emissões neste momento. Fora do laboratório, no entanto, os carros eram muito mais poluentes, expelindo até 40 vezes mais gases tóxicos do que o permitido legalmente.O escândalo, que envolveu os carros da marca VW, mas também os da Audi, Porsche, Skoda e Seat, custou ao grupo mais de 25 bilhões de euros em recompras, multas e indenizações.Um porta-voz da Volkswagen não quis comentar, quando foi contactado pela AFP.bur-mfp/tgb/ser/ll/mvvVOLKSWAGENDAIMLER

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