NOS EUA

Ato pró-reforma migratória tem oito legisladores presos

A passeata pelo centro de Washington terminou ainda com outras dezenas de pessoas detidas

France Press
08/10/2013 às 17:02.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:49
Entre os legisladores detidos em protesto nos EUA estão sete homens e uma mulher (France Press)

Entre os legisladores detidos em protesto nos EUA estão sete homens e uma mulher (France Press)

Uma passeata a favor da reforma migratória nos Estados Unidos terminou com dezenas de detidos nesta terça-feira, no centro de Washington, incluindo oito legisladores que tentaram romper o bloqueio da iniciativa no Congresso. Os legisladores detidos, sete homens e uma mulher, incluem o congressista democrata Luis Gutiérrez, um dos mais ardorosos defensores da reforma, informaram os organizadores. "Hoje, vim sacrificar minha própria liberdade, em benefício da liberdade daqueles que não têm nenhuma. Nossa política migratória está quebrada e é preciso corrigi-la agora mesmo", disse Gutiérrez, pouco antes de ser preso. Os legisladores e dezenas de manifestantes que estavam sentados bloqueando uma rua em frente ao Capitólio, sede do Congresso americano, foram levados de mãos atadas às costas. A poucos metros, a multidão saudava cada manifestante preso, com muitas vaias e gritos de "deixem-nos ir, deixem-nos ir!" para a polícia. Uma multidão, estimada em mais de dez mil pessoas pelos organizadores, reuniu-se para um comício pela reforma migratória no "National Mall". Depois, seguiu para o Capitólio. A marcha "Caminho Americano" foi convocada por diversas organizações sociais, sindicais e religiosas para pedir o fim imediato das deportações e a aprovação da reforma migratória. Em seu discurso, Gutiérrez lembrou que a paralisia do governo federal não afetou até agora a repressiva norma migratória em vigor. "Nesta terça, serão deportadas 1.100 pessoas. Muitas crianças vão chorar. Hoje, há cerca de 30 mil imigrantes presos no país. É possível que o governo esteja paralisado, mas, para nós, continua ativo e causando danos", declarou, em espanhol. Entre os legisladores detidos, estava o congressista negro John Lewis, que exibe uma trajetória de meio século em defesa dos direitos civis. Na marcha, em meio a uma maioria de bandeiras americanas, também se via as de México, El Salvador, Honduras, Venezuela e Colômbia.

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