BOMBARDEIO

Ataques aéreos do regime sírio deixam 71 civis mortos

Na região de Al-Bab, dois helicópteros atacaram um mercado popular num momento de grande movimento e deixaram ao menos 59 mortos

France Press
30/05/2015 às 10:54.
Atualizado em 23/04/2022 às 12:03
Fotógrafo tinha um cartão de memória com 55 mil fotos de 11 mil presos torturados e mortos na Síria entre 2011 e 2013 (France Press)

Fotógrafo tinha um cartão de memória com 55 mil fotos de 11 mil presos torturados e mortos na Síria entre 2011 e 2013 (France Press)

Ao menos 71 pessoas morreram neste sábado na Síria em ataques lançados por helicópteros do regime, segundo um balanço divulgado por uma ONG."O balanço de vítimas dos ataques com barris de explosivos subiu a 71 civis mortos, 59 deles na localidade de Al-Bab e 12 na cidade de Aleppo", informou à AFP a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que havia relatado anteriormente a morte de 45 pessoas.Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório, que tem sede na Grã-Bretanha, declarou que 12 pessoas morreram no bairro de Al-Shaar, no leste da cidade de Aleppo, em poder dos rebeldes sírios. Oito das vítimas pertenciam à mesma família.Os corpos das vítimas jaziam nas ruas de Al-Shaar cobertos por cobertores ensanguentados, informou um correspondente da AFP presente no local.Um grupo de voluntários civis tentava retirar os escombros com uma pá mecânica.Shahud Hussein, presente no momento do impacto das bombas, disse que elas eram tão potentes que é provável que os edifícios do bairro desabem. Na região de Al-Bab, dois helicópteros atacaram um mercado popular num momento de grande movimento e deixaram ao menos 59 mortos, disse Abdel Rahman à AFP.Al-Bab está localizado 40 km a nordeste de Aleppo e é controlado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).As organizações de defesa dos direitos humanos criticam regularmente a utilização destes barris repletos de explosivos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, porque se trata de uma arma particularmente destrutiva que mata às cegas.As forças do regime começaram a utilizar estas mortíferas bombas de barril em 2013 contra os setores rebeldes de Aleppo, a segunda cidade do país controlada em parte pelos insurgentes.

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