ANOS DE CHUMBO

Argentina encontra documentos secretos da ditadura

Foram achadas 280 atas originais e secretas com informações sobre desaparecidos e 'listas negras' com nomes de artistas e intelectuais

France Press
04/11/2013 às 21:10.
Atualizado em 26/04/2022 às 10:35

O governo argentino anunciou nesta segunda-feira (4) ter encontrado 280 atas originais e secretas da ditadura militar (1976/83), no subsolo da sede da Força Aérea, e os documentos incluem informações sobre desaparecidos e "listas negras" com nomes de artistas e intelectuais. "Foram encontradas 280 atas originais, em seis arquivos com índice de temas tratados pelas juntas militares", disse o ministro da Defesa, Agustín Rossi, em entrevista coletiva. Segundo Rossi, trata-se do primeiro grande achado de documentação secreta da ditadura militar, algo de "grande valor histórico". O ministro revelou que entre os documentos há três livros originais com informação sobre comunicações da Junta, incluindo "a solicitação que Hebe (de Bonafini, presidente das Mães da Praça de Maio) fez sobre seus filhos desaparecidos". As listas negras, que incluem 153 artistas e intelectuais, incluem o escritor Julio Cortázar (falecido em 1984), a cantora Mercedes Sosa (falecida em 2009) e os atores Héctor Alterio e Federico Luppi. Ao menos 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura argentina, segundo organismos humanitários.

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