MALAYSIA AIRLINES

Após um ano, familiares das vítimas do voo MH370 cobram respostas

Um relatório de especialistas independentes publicado neste domingo (8) em Kuala Lumpur não trouxe nenhum conforto para as famílias e amigos dos desaparecidos

France Press
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08/03/2015 às 12:48.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:13

Parentes das vítimas do desaparecimento do voo Malaysia Airlines protestaram neste domingo (France Press)

Um ano após o desaparecimento do voo MH370 permanece o mistério sobre o que teria acontecido com a aeronave, enquanto Malásia e Austrália afirmaram neste domingo que mantêm a esperança de dar uma resposta às famílias dos passageiros.Um relatório de especialistas independentes publicado neste domingo (8) em Kuala Lumpur não trouxe nenhum conforto para as famílias e amigos dos desaparecidos, já que traz poucos novos elementos.O voo MH370, que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu dos radares em 8 de março de 2014, com 12 tripulantes e 227 passageiros a bordo, dos quais dois terços eram cidadãos chineses.O primeiro-ministro malaio Najib Razak, cujo país foi duramente criticado pelas famílias das vítimas, reafirmou neste domingo a sua determinação em dar respostas sobre o que aconteceu.Apesar "dos fracos elementos materiais" de que dispõe os investigadores, a "Malásia continua empenhada nas buscas e ainda acredita que o voo MH370 será localizado", declarou Razar em um comunicado.Vários navios passaram meses sondando o fundo do mar no sul do Oceano Índico, com a ajuda de sonares sofisticados que já rastrearam 40% "de uma área de busca dada como prioritária". Mas a operação conduzida pela Malásia ainda não permitiu encontrar o avião. Ausência de provas Neste domingo, o primeiro-ministro australiano Tony Abbott disse que, se a operação não surtir efeito, o seu país e seus parceiros vão realizar "outras buscas" em uma área de cerca de 60.000 quilômetros quadrados. No entanto, ele não precisou qual será a nova zona explorada."Devemos isso às famílias das vítimas", disse Abbott, em entrevista coletiva.Uma equipe independente de especialistas internacionais publicou neste domingo um novo relatório sobre o desaparecimento do Boeing 777 da companhia aérea Malaysia Airlines.Até o momento, a explicação mais plausível para este misterioso desaparecimento fornecida pelos investigadores  é que a tripulação e os passageiros perderam a consciência devido a uma queda brusca de oxigênio a bordo da aeronave. O avião teria continuado a voar por várias horas no piloto automático antes de cair no mar, uma vez o combustível esgotado.O novo relatório não defende qualquer hipótese particular, e os seus autores não estudaram o perfil dos passageiros ou a possibilidade de um sequestro. Apenas indica que nenhum comportamento suspeito foi registrado entre os membros da equipe.A investigação também não conseguiu provar  qualquer falha mecânica no Boeing 777 antes de seu desaparecimento.Parentes das vítimas estão, por sua vez, convencidos de que a Malásia não lhes diz a verdade."Mentem" Em entrevista à AFPTV, Ghyslain Wattrelos, um francês que perdeu a esposa e dois de seus filhos no incidente, expressou sua raiva por não saber o que aconteceu com o avião."Eu estou muito irritado (...) porque passou um ano e não sabemos nada mais do que um ano atrás", disse ele. "Eu sei que eles mentem para nós", declarou, acusando as autoridades francesas de esconder a verdade.Em Pequim, os parentes dos passageiros se reuniram para lembrar o aniversário do desaparecimento do MH370, apesar de uma forte presença policial. Os policiais bloquearam o acesso à embaixada da Malásia, mas um grupo de 30 pessoas conseguiu protestar em frente ao edifício, exigindo desculpas do governo da Malásia e respostas sobre o desaparecimento da aeronave.

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