CRITICADO POR GOVERNISTAS

André Mendonça diz ter convicção de que fez o correto ao condenar Daniel Silveira

O ministro do Supremo Tribunal Federal foi indicado para o posto pelo presidente da República, Jair Bolsonaro

Estadão Conteúdo
21/04/2022 às 09:51.
Atualizado em 21/04/2022 às 13:26
Mendonça argumenta que, como cristão, "não creio que tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas" (Divulgação)

Mendonça argumenta que, como cristão, "não creio que tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas" (Divulgação)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, indicado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para o posto, foi ao Twitter nesta quinta-feira, 21, para explicar seu voto a favor da condenação do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ). "Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto", escreveu em seu perfil no Twitter.

Mendonça argumenta nesta quinta-feira que, como cristão, "não creio que tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas". E como jurista, "a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja".

"Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio", escreveu o ministro.

O STF condenou na quarta-feira, por 10 votos a 1, o deputado Daniel Silveira a 8 anos e 9 meses de prisão, além de multa no valor de R$ 192,5 mil, por incitar agressões a ministros da Corte e atacar a democracia, defendendo em vídeos, o fechamento da instituição.

A maioria do STF entendeu que a conduta do deputado foi criminosa e não estava protegida pela imunidade parlamentar.

O voto de Silveira contrastou com o do ministro Nunes Marques, também indicado por Bolsonaro para o Supremo e que defendeu a não condenação de Silveira.

A decisão de Mendonça foi criticada por parlamentares governistas e aliados de Bolsonaro, levando o nome do ministro para os assuntos mais comentados no Twitter na quarta-feira.

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