DEMOCRATAS E REPUBLICANOS

Americanos se unem para aprovar maconha medicinal nos EUA

Dos 50 estados da federação, 23 legalizaram a cannabis, planta de onde é extraída a maconha, para tratar pessoas com câncer, esclerose múltipla e epilepsia

Da France Press
correiopontocom@rac.com. br
10/03/2015 às 20:20.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:23

Nos EUA, a maconha medicinal já foi aprovada para o tratamento de náuseas e vômitos associados à quimioterapia (France Press)

Senadores dos Estados Unidos apresentaram, nesta terça-feira (10), a legislação mais abrangente sobre o uso medicinal da maconha, que nunca chegou nessas condições ao Congresso. O esforço entre os partidos Democrata e Republicano tenta acabar com as restrições federais sobre um consumo cada vez mais aceito.Dos 50 estados da federação, 23 legalizaram a cannabis, planta de onde é extraída a maconha, para tratar pessoas com câncer, esclerose múltipla e epilepsia, mas a lei federal continua a investigar criminalmente, inclusive com prisões, quem é encontrado com porte de drogas."Profissionais muito bem preparados em nosso país, como médicos e cientistas, não podem receitar nem recomendar esta droga, que poderia aliviar a dor e o sofrimento de seus pacientes", disse o senador democrata Cory Booker diante de jornalistas."Hoje, nos unimos para dar um basta", acrescentou. "O governo federal tem excedido em larga medida os limites do senso comum, a prudência na fiscalização e a compaixão com suas leis contra a maconha". Legalização beneficia veteranos de guerraA Lei de Acesso Compassivo, Expansão de Investigações e Respeito aos Estados (CARERS, em inglês) eliminaria as sanções e restrições federais de produzir, distribuir e possuir maconha por razões médicas, sempre em conformidade com a lei.A Lei CARERS também daria acesso à maconha medicinal aos veteranos de guerra, nos estados onde é legalizada. Além disso, o que é crucial, permitiria a instituições financeiras a oportunidade de prover serviços bancários a empresários interessados na produção e distribuição da maconha.Se aprovada, a lei também alteraria a classificação da cannabis na lista de substâncias controladas, passando de "categoria 1" a "categoria 2". Esta mudança de nomenclatura eliminaria as atuais barreiras contra a pesquisa e permitiria o reconhecimento da maconha como droga cujo uso médico é aceito.O senador Rand Paul, provável candidato republicano à presidência em 2016, defendeu o texto: "Dezenas de milhares de pessoas em nosso país, com doenças incuráveis, gostariam de passar por um tratamento paliativo".A senadora democrata Kirsten Gillibrand disse que esta lei "é claramente um caso que a ideologia obstrui o caminho rumo ao progresso científico".Na lei atual, quem viaja a outros estados onde a maconha medicinal é legalizada, pode ser preso, se voltar para seu estado de origem de posse da droga."Quando uma criança não tem 100 ataques de epilepsia por dia, seu cérebro cresce e vive melhores momentos em família e com amigos, podendo se desenvolver emocionalmente", lembrou Gillibrand.O grupo Norte-americanos pelo Acesso Seguro, favorável à legalização da maconha, avaliou que o projeto de lei é "revolucionário".

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