INTERNACIONAL

Alemanha facilitará imigração pela escassez de mão de obra

A coalizão no poder na Alemanha concordou nesta terça-feira em legislar pela facilitação da imigração de trabalhadores estrangeiros qualificados a fim de enfrentar a escassez de mão de obra em alguns setores

AFP
02/10/2018 às 12:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 00:19

A coalizão no poder na Alemanha concordou nesta terça-feira em legislar pela facilitação da imigração de trabalhadores estrangeiros qualificados a fim de enfrentar a escassez de mão de obra em alguns setores.Os três partidos, os conservadores CDU e CSU, assim como o socialdemocrata SPD, chegaram a um acordo na noite da última segunda-feira sobre a delicada questão migratória, em um contexto político marcado por uma forte presença da extrema direita no campo político e social.As portas da Alemanha se abriram em 2015 e 2016 à chegada de mais de 1 milhão de solicitantes de refúgio, em plena crise migratória.Os partidos no poder convergiram sobre a adoção em 2019 de uma lei para facilitar o acesso ao mercado de trabalho alemão de estrangeiros qualificados de fora da comunidade europeia."Não queremos uma imigração de gente não qualificada" provenientes de países extracomunitários, apontaram os social-democratas no documento apresentado nesta terça-feira que resume as grandes linhas do projeto.Os cidadãos de países extracomunitários que busquem emprego na Alemanha nos setores com escassez de mão de obra, como as de gastronomia, matemáticas e informática - poderão obter uma permissão de estadia de seis meses que será prorrogado caso encontrem trabalho. Deverão poder demostrar que têm nível de alemão suficiente."Precisamos de trabalhadores de terceiros países", reconheceu o ministro do Interior, Horst Seehofer (CSU), que é muito crítico à política de abertura de Angela Merkel de 2015.A Alemanha registrou em setembro 338.200 empregos vagos nos setores de informática, matemática e tecnologias da informação, segundo o jornal econômico Handelsblatt, que cita o Instituto Econômico Alemão, com sede em Colônia.O documento apresentado nesta terça-feira ressalta que o "forte crescimento econômico dos últimos anos" foi alcançado em parte graças a uma "imigração proveniente de Estados-membros da União Europeia". No entanto, o documento aponta que "este saldo migratório cai atualmente".A CDU-CSU e o SPD tiveram que alinhar divergências sobre os estrangeiros a quem foi negada uma solicitação de refúgio, mas que ocupam um emprego na Alemanha e falam alemão. O SPD quer que eles fiquem enquanto a CSU se opõe.Finalmente, Seehofer deu seu aval para que os mais qualificados possam ficar.mat/alf/pg/pa/mb/cc

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