Al-Qaeda também nega a morte de líder jihadista

A Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) também desmentiu a morte do líder jihadista Mokhtar Belmokhtar em um bombardeio americano na semana passada na Líbia, em um comunicado divulgado nesta sexta-feira. "Khaled Abu al-Abbas continua vivo e está bem", afirma a nota da AQMI, publicada em sites jihadistas, utilizando o nome com o qual Belmokhtar é amplamente conhecido nos meios jihadistas.Um grupo líbio vinculado à Al-Qaeda negou na terça-feira a morte de Belmokhtar, que foi anunciada pelo governo líbio, mas não foi confirmada por Washington.O governo dos Estados Unidos anunciou um bombardeio no domingo contra um edifício de Ajdabiya (leste) para tentar matar Belmokhtar, responsável por ataques no Sahel e que já teve a morte anunciada várias vezes.Mas Washington optou pela prudência. Uma fonte do Pentágono explicou que não tinha condições de confirmar se o jihadista estava no edifício.Nascido em junho de 1972 em Ghardaia, perto do Saara, Belmokhtar combateu no Afeganistão em 1991, onde perdeu um olho, o que valeu o apelido de "o caolho". Ex-líder da AQMI, criou em 2012 a própria unidade de combatentes, "Os que assinam com sangue". A primeira ação importante desta unidade foi a tomada de reféns em janeiro de 2013 na central de gás de In Amenas, sul da Argélia, o que provocou uma intervenção das forças especiais argelinas e deixou dezenas de mortos.Em maio, Belmokhtar reiterou a lealdade de seu grupo à Al-Qaeda, desmentindo assim a fidelidade ao EI proclamada por outro dirigente.