INTERNACIONAL

Acusar Trump 'não é uma opção', diz procurador especial

O procurador especial Robert Mueller declarou nesta quarta-feira (29) que acusar Donald Trump de crime de obstrução não era uma opção por causa da política do Departamento de Justiça de não indiciar um presidente em exercício

AFP
29/05/2019 às 13:00.
Atualizado em 03/04/2022 às 09:35

O procurador especial Robert Mueller declarou nesta quarta-feira (29) que acusar Donald Trump de crime de obstrução não era uma opção por causa da política do Departamento de Justiça de não indiciar um presidente em exercício."Sob a política do Departamento, um presidente não pode ser acusado de um crime federal enquanto estiver no cargo", disse Mueller em seus primeiros comentários públicos em dois anos. "Isso é inconstitucional", frisou."Um Escritório do Conselho Especial é parte do Departamento de Justiça e, por regulamentação, está vinculado à política deste Departamento", acrescentou."Acusar o presidente de um crime não é, portanto, uma opção que poderíamos considerar", disse o ex-diretor do FBI, a Polícia Federal americana."A Constituição exige um processo diferente do sistema de justiça criminal para acusar formalmente um presidente", explicou Mueller.Ao mesmo tempo, o procurador especial reiterou que seu relatório sobre a interferência russa nas eleições de 2016 não isentou o presidente."Se tivéssemos confiança de que o presidente claramente não cometeu um crime, teríamos dito isso", afirmou Mueller. "Não decidimos, no entanto, se o presidente cometeu um crime", completou.Ele também considerou "inapropriado" testemunhar no Congresso, apesar dos pedidos democratas neste sentido. "Espero que esta seja a última vez que falarei sobre este assunto", disse ele. "Eu mesmo estou tomando essa decisão - ninguém me disse se posso, ou devo testemunhar, ou falar mais sobre esse assunto", completou.Mueller terminou sua declaração, reiterando "que houve esforços múltiplos e sistemáticos para interferir em nossas eleições", e "essa alegação merece a atenção de todos os americanos".Com a conclusão da investigação, reiterou o procurador especial, deixará o Departamento de Justiça para voltar à vida privada.cl/ec/mr/tt/mr

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