Os prejuízos financeiros com catástrofes naturais nos Estados Unidos foram os mais altos da história em 2017, um ano marcado por sua série de incêndios e furacões que levaram a um custo estimado de 306 bilhões de dólares, afirmou nesta segunda-feira (8) a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional
Os prejuízos financeiros com catástrofes naturais nos Estados Unidos foram os mais altos da história em 2017, um ano marcado por sua série de incêndios e furacões que levaram a um custo estimado de 306 bilhões de dólares, afirmou nesta segunda-feira (8) a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional.Até então, o ano mais caro para o governo americano tinha sido 2005, quando teve prejuízos de US$ 215 bilhões, em sua maioria devido aos furacões Katrina, Wilma e Rita.Em 2017, a temporada de incêndios florestais no oeste, que arrasou boa parte da Califórnia, custou 18 bilhões de dólares, "triplicando o recorde anual do custo de incêndios florestais nos Estados Unidos", detalhou o informe do organismo.O furacão Harvey, que produziu fortes inundações no Texas, custou 125 bilhões de dólares, superado apenas pelo furacão Katrina em 2005, de acordo com os registros históricos de desastres milionários, realizado há quatro décadas. O furacão Maria, que devastou grande parte de Porto Rico, custou 90 bilhões, enquanto o furacão Irma, que atingiu o Caribe e a Flórida, custou 50 bilhões. "O furacão Maria agora é o terceiro desastre climático e meteorológico mais caro já registrado no país, e o Irma é o quinto", acrescentou o informe da NOAA. As 16 catástrofes que implicaram perdas da ordem de bilhões de dólares incluíram dois eventos de inundações, um de geadas, oito de tempestades severas, três tempestades tropicais, uma seca e um incêndio florestal. Os custos incluem estimações de perdas asseguradas e não asseguradas, mas é provável que estejam abaixo dos valores reais porque não incluem os custos de atendimento médico. O ano passado também foi o terceiro mais quente registrado nos Estados Unidos, depois de 2012 e 2016. Todos os estados do país em seu território principal e no Alasca tiveram temperaturas acima da média pelo terceiro ano consecutivo. Cinco estados registraram seu ano mais quente: Arizona, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Novo México. "O sinal a longo prazo está relacionado com o aquecimento global a longo prazo", disse Deke Arndt, chefe da seção de monitoramento dos Centros Nacionais de Informação Ambiental da NOAA. No entanto, essa tendência ao aquecimento não descarta a probabilidade de fortes tempestades de inverno. "Vivemos em um mundo em aquecimento, mas ainda temos frios muito frios", disse aos jornalistas em uma conferência telefônica. "Ainda vamos ver manchas azuis no mapa". Apesar dos picos de frio em várias partes do país durante todo o ano, as temperaturas acima da média em outras épocas do ano "compensaram as condições frias sazonais", acrescentou o informe.