Casos aconteceram nesta quarta-feira, em Ribeirão Preto, e a Polícia Civil assumiu as investigações
Os golpes de bilhetes de loteria e recargas premiadas em celulares são antigos, mas ainda fazem vítimas. A Polícia Civil investiga dois casos que aconteceram nesta quarta-feira (31), em Ribeirão Preto.A primeira ocorrência aconteceu no período da manhã, na rua Jácomo Rossi, no Jardim Paulistano, Zona Leste da cidade. A assistente social Maria Luiza Vieira Dantas, 67 anos, foi enganada por dois estelionatários, que levaram dela duas correntes de ouro 18 quilates, uma corrente de ouro com brilhantes, um anel de ouro com brilhante, brincos e anéis de ouro e pérola, um anel de rubi, duas pulseiras de ouro, um relógio de ouro 18 quilates, 900 dólares, 2,9 mil euros e R$ 21 mil. A mulher foi abordada na rua por um homem desconhecido e ele perguntou onde ficaria uma rua onde morava um senhor que teria vendido a ele um bilhete de loteria que estava premiado. Neste momento passou um segundo rapaz, que se ofereceu para ligar na Caixa Econômica Federal e ele confirmou que o bilhete estava premiado. A vítima resolveu oferecer ajuda ao “sortudo” e levá-lo até a Caixa. Os três entraram no carro da vítima e se dirigiram até o banco, porém no meio do caminho um dos bandidos pediu para parar em um restaurante perto do estádio Palma Travassos para almoçar. Segundo o boletim de ocorrência, foi nesse momento que a mulher acredita que os golpistas podem ter aproveitado para colocar alguma substância entorpecente na bebida dela. A vítima informou que não sabe o que aconteceu depois, mas levou um dos estelionatários até a casa dela no Alto da Boa Vista, na Zona Sul, recolheu as joias e dinheiro e depositou dentro da própria bolsa. Minutos depois, a mulher e um dos bandidos seguiram de carro para encontrar o comparsa em frente ao banco Santander, na avenida Nove de Julho, onde a vítima fez dois saques de R$ 5 mil cada. Posteriormente, o trio se dirigiu ao Santander da avenida Treze de Maio e a assistente social fez novo saque no valor de R$ 10 mil. A dupla ficou esperando dentro do carro e quando pegou o dinheiro ambos fugiram a pé. O segundo caso aconteceu à tarde e envolveu a educadora Gabriela Celegatto, 31 anos, que informou na Central de Flagrantes que foi vítima do golpe da recarga premiada. Ela recebeu uma mensagem no celular que dizia que tinha ganhado R$ 75 mil e para recebê-lo deveria ligar para um telefone com DDD 85. A mulher seguiu as orientações e passou a conversar com um homem, que se identificou pelo nome Luis Henrique. O estelionatário pediu a mulher para fazer uma transferência bancária de pouco mais de R$ 1,4 mil para uma conta corrente em nome de Maria E Pereira. A vítima atendeu ao pedido e fez a movimentação em agência do Banco do Brasil, da rua Américo Brasiliense, no Centro. Luis Henrique ainda solicitou a mulher para que fizesse outro depósito de R$ 400 em uma lotérica, na mesma rua, em uma conta em nome de Ana Paula Vieira. Por fim, o golpista ainda pediu para a vítima fazer um depósito de R$ 10 mil na própria conta corrente dele e colocasse no interior do envelope também o comprovante do depósito dos R$ 400 à Ana Paula. Apenas depois de todos os depósitos feitos que a educadora percebeu que estava sendo enganada. A Polícia ainda não tem pistas sobre as quadrilhas de estelionatários.