DESCASO

Mulher afirma ter sido expulsa da UPA por enfermeira

Vítima alega ter esperado por quase uma hora para ser atendida e saiu sem medicação ou receita

Luís Augusto
luis.almeida@gazetaderibeirao.com.br
31/05/2013 às 13:21.
Atualizado em 25/04/2022 às 13:55

Uma mulher de 54 anos denunciou ter sido expulsa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ribeirão Preto, na madrugada desta sexta-feira (31). Maria Helena Zarotti foi a UPA por causa de complicações de uma rinite alérgica e sinusite, mas afirmou que teve de esperar por quase uma hora para ser atendida e teve de deixar o local sem tomar a medicação para combater as doenças e sem receita médica.

A entrada na UPA ocorreu por volta das 23 horas e o primeiro atendimento chegou a ser feito. A mulher foi medicada inicialmente para o controle da pressão arterial, porém o médico orientou a paciente a procurar os enfermeiros às 23h55 para tomar nova medicação e medir a pressão. “Os enfermeiros não fizeram nada e só ficaram batendo papo. A enfermeira falava que eu já tinha sido medicada pela segunda vez, mas não foi verdade”, afirmou Maria Helena.

Por volta das 00h20, o marido da vítima, Carlos Roberto Carvalho, 54 anos, se dirigiu até a sala de medicamentos para reforçar o pedido de atendimento a mulher e nesse momento teria sido hostilizado. “Veio uma enfermeira loira gesticulando e dizendo que ele não poderia entrar naquela sala e que não adianta reclamar porque era ela que mandava no setor. Depois disso mandaram a gente sair”, disse a vítima.

Após a suposta expulsão, o casal se dirigiu até a Central de Flagrantes para registrar um boletim de ocorrência. O quadro de saúde da vítima se agravou devido ao nervosismo. “Na UPA a minha pressão estava em 19 por 13, mas depois que fiz o B.O. fui para o PS Central porque estava passando muito mal e lá minha pressão chegou a 21 por 13.”

A mulher fez questão de ressaltar que essa não foi a primeira vez que encontrou problemas para ser atendida na UPA. “Já tive dificuldade para ser atendida recentemente na UPA e aquilo é uma vergonha. Tenho problemas cardíacos, tomo 27 comprimidos todos os dias e a maioria são para a hipertensão, e eles brincam com a vida da gente.”

O casal garante que não irá deixar o episódio passar em branco e irá cobrar providências. “Eu vou processar e levar o caso adiante porque está uma vergonha o descaso com a saúde pública de Ribeirão Preto. Isso não pode ficar assim e tem que acabar esse desrespeito com a população”, disse Maria Helena.

Outro lado

A assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal rebateu as acusações feitas pela mulher. Em nota oficial, a administração informou que "a paciente chegou na UPA às 22h47, quando foi aberta a ficha. Foi atendida as 23h40. Ou seja, com uma hora na unidade, ela recebeu todos os atendimentos necessários, desde a consulta com enfermagem, consultório médico, até a medicação."

A mulher teria reclamou de sinusite, ter alergia a Dipirona e um pouco de cefaléia, após uma ocorrência de estresse. "Verificada a pressão, pela enfermagem, (190x110), passou pelo médico, que verificou que ela estava corada e bem hidratada, quando recebeu (tomou) ainda na UPA os seguintes medicamentos: 1 comprimido de Diazepan (já que também alegou esse problema após ter sofrido estresse), 1 comprimido Capitopril (pressão) e 1 Profenide (contra a dor)."

O comunicado ainda diz que o médico tirou um dos comprimidos que a paciente vinha tomando como forma de melhorar sua saúde. "Não há nenhum relato de expulsão da paciente do local", encerrou a nota.

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