EM PIRACICABA

MP investiga jogo de azar e formação de quadrilha

Buscas do Gaeco teve apoio de policiais civis, PMs da Força Tática foram feitas em 5 pontos de Piracicaba

Gazeta de Piracicaba
05/03/2013 às 12:02.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:06

Entre os veículos apreendidos pelo MP estava um VW Saveiro preto (Ana Cristina Andrade)

Ministério Público, por meio do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - e que investiga a exploração de jogos de azar, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro em Piracicaba, apreendeu nesta segunda-feira (4) de manhã joias, relógios, veículos - entre eles um Mercedes Benz que custa mais de R$ 120 mil - além de uma máquina caça-níquel, cheques diversos e documentos de familiares de um jornalista, ex-colunista social da cidade, que tem sido alvo de investigação do MP.

Ainda foram bloqueados seis imóveis da família e um parente dele foi preso com uma arma de fogo, sendo liberado após pagar R$ 14 mil de fiança. As buscas, que contaram com apoio de policiais civis, chefiados pelo delegado Ricardo Fiore, e policiais militares da Força Tática, sob o comando do tenente Henrique, foram feitas em cinco pontos da cidade, porém os endereços não foram divulgados pelos seis promotores do Gaeco.

Os policiais só souberam do que se tratava na hora de ir cumprir a missão. De Piracicaba, por parte da PM, apenas uma equipe era da cidade. O restante veio das Companhias de Força Tática de Americana, Limeira e Rio Claro. Um dos promotores do Gaeco disse à Gazeta que, a partir de apreensões de 22 máquinas de jogos de azar, no dia 18 do mês passado, foi feito um mapeamento e as investigações preliminares levaram à identificação das pessoas que podem estar envolvidas na formação da quadrilha.

Em decorrência desta investigação, o Ministério Público solicitou mandados de busca e apreensão e a Justiça concedeu. "Já investigamos a questão dos jogos e, desta vez, atingimos a parte patrimonial dele. Entre o dinheiro apreendido havia moeda do Paraguai", destacou o promotor.

Além dos veículos e outros objetos da família, o Gaeco apreendeu televisores e computadores. Numa das casas, segundo os promotores, havia uma máquina caça-níquel ligada. "Vamos dar continuidade nas investigações, porque a família não sabe justificar nenhum patrimônio", destacou o promotor do Gaeco.

PENA

Segundo apurou a Gazeta, se forem condenados pela lavagem de dinheiro - cuja Lei foi alterada no ano passado - e também por exploração de jogo de azar e formação de quadrilha, os investigados podem pegar até 13 anos de cadeia.

"Neste momento, o importante é evitar a dissipação patrimonial, para que não haja garantia da ilegalidade", completou o promotor de Justiça.

SECCIONAL

Para registrar todo o material apreendido foram chamados escrivães de outras delegacias de Piracicaba, por determinação do delegado Seccional Wilson Lavorentti, totalizando seis pessoas trabalhando ao mesmo tempo no 1° Distrito Policial.

O caso foi acompanhado durante toda a manhã, por três advogados criminalistas. À tarde, a Gazeta fez contato com um deles - José Silvestre da Silva - pelo telefone do escritório, mandou e-mail, deixou recado no celular, mas não houve retorno.

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