Virgínia Soares de Souza está presa e é acusada de apressar mortes na UTI do Hospital de Curitiba
Ex-chefe da UTI do hospital é acusada de antecipar a morte de pacientes (Reprodução )
O Ministério Público do Paraná decide nesta segunda-feira (11) se oferece denúncia contra a médica Virgínia Soares de Souza, presa desde o dia 19 de fevereiro, acusada de apressar mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba. A decisão do MP do Estado deve ser conhecida no início desta tarde.
Ex-chefe da UTI do hospital, Virgínia é acusada de antecipar a morte de pacientes. Ela também é suspeita de mandar desligar os aparelhos que mantinham Ivo Spitzner vivo. Em uma conversa interceptada durante as investigações, a médica fala para uma pessoa não identificada: "O próximo que vamos desligar é o Ivo", paciente que morreu dois dias depois.
A defesa de Virgínia alega que as investigações contêm uma série de falhas. Para o advogado Elias Mattar Assad, que representa a médica, a principal delas é a falta materialidade ao inquérito."Não provaram o essencial: a existência de fato criminoso e sua materialidade", disse, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
No domingo (11), em entrevista ao programa Fantástico, da rede Globo, Virgínia negou as acusações. "Nunca fui negligente. Nada mais fiz do que exercer, com respeito aos pacientes, a medicina extensiva", disse. Virgínia afirmou que as testemunhas que a delataram não conhecem a rotina médica e sugeriu que é vítima de vingança de funcionários que foram demitidos.
As investigações começaram no ano passado, após denúncias anônimas.