RESGATE

Movimento dá mais vida ao Cambuí

Mais de dez espécies de árvores, algumas exóticas, compõem a paisagem diversificada do bairro

Projeto Ambiental
18/10/2013 às 14:57.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:34

Vanessa Tanaka* O Cambuí, na região central de Campinas, é conhecido e apreciado não só pelos prédios residenciais e comércio diversificado, como também pela beleza paisagística. Tanto verde não é interferência única e exclusiva da natureza. O Movimento Resgate o Cambuí, organização não governamental (ONG) e sem fins lucrativos fundada em 2003, cuida e mantém a diversidade que arranca elogios e dá ainda mais charme ao bairro. Liderado por Tereza Penteado, o movimento visa elaborar e implantar um projeto urbanístico para a melhoria da qualidade de vida de todos que habitam ou apenas transitam pelo Cambuí.  A repercussão do trabalho fez aumentar o número de adeptos e os integrantes da ONG foram convidados a unir as forças com o grupo Incansáveis Plantadores, formado por pessoas de vários bairros que se dedicam ao plantio e cuidados com as árvores em suas horas vagas. Esses operários do bem, analisam a necessidade de cada metro quadrado do bairro e, em sistema de mutirão, realizam o plantio e todo arremate necessário, prezando pela distribuição correta de espécies em lugares adequados. “As calçadas e praças necessitam de mudas adequadas a elas. Não podemos plantar uma de porte grande em uma calçada estreita; além de obstruir a passagem de pedestres, pode ocasionar sérios problemas com o piso e a fiação elétrica”, explica Tereza.  Outro fator importante que a diretora da ONG destaca é a variedade de espécies que precisa existir. Elas criam harmonia e trazem o equilíbrio necessário para as áreas. Dentre as variedades distribuídas, estão a sibipiruna, oiti, pau-brasil, ipês roxo, branco e amarelo, cabreúva, guarantã, mirindiba-rosa, jacarandá-mimoso, sabão-de-soldado, dedaleiro e louro-pardo, além de espécies exóticas como a tipuana, magnólia amarela, calistemon, resedá-gigante.  As mudas usadas nos mutirões são cultivadas nos quintais dos voluntários e algumas vezes vêm de doações. Assim que atingem a quantidade suficiente, o grupo planeja a data e os locais que receberão as futuras árvores. Para a diretora, o reconhecimento pelo trabalho pode ser percebido no dia a dia mais arborizado e no respeito conquistado junto aos moradores que recorrem à entidade sempre que detectam algo que possa prejudicar a região. De uma poda inadequada a uma extração desnecessária, a entidade é comunicada imediatamente para sejam tomadas as devidas providências.  “Com a melhoria e racionalização do espaço urbano e com a volta do pedestre, acreditamos que seja possível até um resultado positivo no quesito segurança do bairro Cambuí. Caso contrário, o espaço poderá se deteriorar em pouco tempo, além da desvalorização dos imóveis e a falta de clientes para o comércio”, diz Tereza. E cita como exemplo o Projeto de Estruturação Urbana (PEU), que a entidade conheceu no Rio de Janeiro. O plano visa trazer de volta o apego da população pela cidade e recuperar as potencialidades. “Se o espaço público estiver bem cuidado, o espaço privado também fará a sua parte”, afirma.

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