PARALISAÇÃO

Motoristas não aceitam reajuste e greve continua

Sindicato terá que pagar multa de R$ 10 mil por dia sem transporte coletivo; liminar determinou pelo menos metade da frota nas ruas

Guto Silveira
redacaogr@gazetaderibeirao.com.br
04/06/2013 às 19:28.
Atualizado em 25/04/2022 às 13:27

Os motoristas de ônibus urbano não aceitaram a proposta de 9% de reajuste nos salários e decidiram manter a greve iniciada nesta segunda-feira (3), por um reajuste de 17%, que é a soma da inflação do período, 7,16%, com aumento real de 10%. A decisão de manter o movimento foi tomada em assembleia na manhã desta terça-feira (4).

Além de manter a greve, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte Urbano e Suburbano de Passageiros de Ribeirão Preto também descumpre uma liminar do desembargador do Trabalho, Henrique Damiano, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, com a determinação de colocar pelo menos 50% dos ônibus nas ruas. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 10 mil a ser paga pelo sindicato dos trabalhadores.

Segundo o presidente do sindicato, João Henrique Bueno, a categoria optou pela manutenção da greve em busca de melhor reajuste nos salários. “Agora estamos saindo para Campinas, para a audiência de conciliação”, disse por volta de 12h desta terça. A audiência está marcada para as 15h30, mas nova assembleia só ocorrerá na madrugada desta quarta-feira. “Vamos chegar muito tarde e não há como reunir ainda hoje”, disse Bueno.

Em uma reunião realizada no Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura, convocada pela prefeita Dárcy Vera (PSD), discutiu a situação com o sindicato e representantes do consórcio PróUrbano, formado por quatro empresas. No encontro chegou-se à proposta de 9%.

Bueno, no entanto, disse que a proposta anterior era mais “substanciosa”, por incorporar nos salários uma gratificação de R$ 269 recebida pelos motoristas para cobrar as passagens. Sem a gratificação incorporada, os motoristas podem perder o benefício, já que em 120 dias devem deixar de fazer o serviço. “Se isso ocorrer, faremos novos movimentos de reivindicação”, disse Bueno.

Para Luís Gustavo Vianna, diretor do PróUrbano, no entanto, a proposta não chegou a ser formalizada. As empresas ofereceram 7,16% da inflação do período e, segundo ele, a incorporação do valor caso não houvesse greve. “Mas a greve ocorreu e a proposta nem foi formalizada. Agora, se os trabalhadores não aceitarem os 9%, a proposta volta a ser de 7,16% e será decidida pelo TRT”, afirmou.

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