Categoria reivindica reajuste acima da inflação e melhorias no convênio médico e no ticket alimentação
Preço da passagem de ônibus sobe para R$ 3,30 em Campinas ( Rodrigo Zanotto/Especial para a AAN)
Os trabalhadores do transporte público de Campinas entram em greve a partir desta terça-feira. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários informou que toda a frota deverá permanecer nas garagens e 3,5 mil profissionais ficarão paralisados. A greve não afeta os motoristas cooperados que atuam no transporte coletivo, como os condutores de micro-ônibus.De acordo com o presidente do sindicato Matusalém de Lima, a greve foi aprovada na última sexta-feira, após as empresas apresentarem reajuste salarial de 7,21%, valor abaixo da inflação (8,34%). A categoria reivindica ajuste salarial acima da inflação (entre 9% e 10%), comissão de viagem de R$ 300 para R$ 400, melhoria do convênio médico, aumento de 15% no ticket alimentação, aumento de 17% na participação nos lucros, melhoria na cesta básica e prêmio por tempo de serviço (PPS).“A greve é um instrumento que ninguém quer usar, mas é nosso último recurso. Contamos com a compreensão do usuário, que são trabalhadores como nós, e sabem o que o motorista passa” afirmou Matusalém Lima. O presidente informou que a categoria negocia desde abril, mas que até o momento nenhuma proposta não agradaram os trabalhadores. Esta terça-feira a paralisação em Campinas deverá ter o apoio de sindicalistas de São Paulo, Sorocaba e Jundiaí.Através da assessoria de imprensa, a Transurc (Associação das Empresas em Transporte Coletivo de Campinas) informou que o Sindicato das Empresas de Transporte da Região Metropolitano de Campinas (Setcamp) está em negociação permanente com a categoria e que trabalha para impedir a greve. “Ainda é cedo para falar em greve”, disse o diretor de comunicação da Transurc, Paulo Barddal.