TRAGÉDIA

Motivo do acidente de ônibus no RJ ainda será apurado

O acidente deixou o saldo de sete pessoas mortas e 9 feridos após queda de um viaduto no Rio

Agência Estado
02/04/2013 às 20:16.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:04

Sete pessoas morreram e 9 ficaram feridas quando um ônibus caiu do viaduto Brigadeiro Trompowski sobre a pista lateral da avenida Brasil, no sentido centro, nas imediações da Ilha do Governador, na zona norte do Rio, por volta das 16h30 desta terça-feira (2).

O ônibus pertence à Viação Paranapuan e percorria a linha 328, que vai do Bananal, bairro da Ilha do Governador, até o Castelo, região do centro do Rio. Desgovernado, o coletivo arrancou parte da grade de proteção do viaduto e caiu com as rodas para cima, sem atingir outros veículos nem pessoas.

Os bombeiros acreditam que havia 16 pessoas dentro do ônibus. Os feridos, entre eles o motorista do ônibus e uma menina de 7 anos foram encaminhados aos hospitais Federal de Bonsucesso, municipais Souza Aguiar e Miguel Couto e estaduais Getúlio Vargas e Adão Pereira Nunes. Pelo menos dois homens estão internados em estado grave no hospital Miguel Couto.

O motivo do acidente ainda será apurado. O delegado José Pedro da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), que investiga o caso, afirmou que tem duas linhas preliminares de investigação. Uma das hipóteses é de que um passageiro tenha discutido com o motorista e puxado o braço dele, deixando o veículo desgovernado. A outra hipótese é de que o ônibus saiu da rota após bater em um caminhão. Passageiros que escaparam ilesos contaram que um passageiro reclamou da velocidade exagerada com que o motorista conduzia o ônibus. O condutor teria dito que quem estivesse descontente deveria comprar um carro.

Em entrevista à rádio CBN, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) lamentou o acidente e afirmou que ainda não poderia apontar culpados. "Por enquanto há muitas versões, muito boato. Prefiro esperar", afirmou. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes o ônibus estava autorizado a circular. A vistoria mais recente ocorreu em 3 de julho de 2012.

O motorista desempregado Fernando Almeida de Azevedo caminhava pela avenida Brasil rumo à casa da filha quando viu o acidente, a poucos metros. "Temi que houvesse algum parente meu entre as vítimas e fui ajudar. Consegui tirar três ou quatro pessoas, que não estavam presas nas ferragens, antes que os bombeiros chegassem e proibissem a gente de ajudar", contou.

A avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao Rio, ficou totalmente interditada por cerca de 20 minutos. Depois permaneceu fechada no sentido centro por mais de duas horas. O congestionamento chegou a nove quilômetros. Oitenta bombeiros trabalharam no resgate às vítimas. A operação contou também com três helicópteros, dos bombeiros e das polícias Civil e Militar.

Em 2012, a Ouvidoria da Secretaria Municipal de Transportes recebeu 28.294 reclamações sobre ônibus. Em 2013 já são 7.455. As cinco reclamações mais frequentes são não parar no ponto, comprometer a segurança dos passageiros, falta de urbanidade, arrancar ou frear bruscamente e alterar ou não cumprir o itinerário.

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