França, Espanha, Itália e Portugal revogaram temporariamente autorizações de voo de Evo Morales
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quinta-feira que as desculpas dos países europeus que proibiram na terça-feira o uso de seu espaço aéreo, quando retornava a La Paz de Moscou, não bastam, e anunciou que seu país tomará medidas diante de organismos internacionais.
"Não bastam apenas as desculpas de algum país que não nos deixou passar por seus territórios", afirmou Morales, que retornou nesta quinta-feira as suas atividades oficiais, com atos públicos, depois de chegar a La Paz na quarta-feira procedente de Viena.
França, Espanha, Itália e Portugal revogaram temporariamente autorizações de voo quando Morales viajava da Rússia, onde participou de um fórum de países produtores de gás natural, diante das suspeitas de que transportava o americano Edward Snowden, buscado por Washington.
Apenas o ministério das Relações Exteriores francês manifestou seu pesar pelo contratempo, enquanto o presidente François Hollande disse que autorizou imediatamente que o avião boliviano sobrevoasse a França quando soube que o presidente Morales estava a bordo.
Depois de gestões bolivianas, Lisboa, Madri e Roma autorizaram que a aeronave presidencial atravessasse seu céu, podendo retornar a La Paz na quarta-feira.