Praça na Vila Nova passou por limpeza e ganhou pintura nova, incluindo os brinquedos do playground
Moradores pintaram sarjetas, bancos e brinquedos do parque com a ajuda de comerciantes do bairro, que doaram tintas e material utilizado ( Dominique Torquato/ AAN)
A revitalização de uma praça na Vila Nova uniu moradores e comerciantes, que dedicaram o final de semana de Carnaval à limpeza e pintura das estruturas urbanas da Praça Melvin Jones, que fica na Rua Eleutério Rodrigues, em Campinas. Incomodados com ao abandono do espaço, que é frequentemente utilizado pelos moradores para festas da comunidade e como opção de recreação para as crianças, um grupo de 30 pessoas formado por condôminos do edifício Rio Reno, que fica em frente à praça, pessoas de ruas vizinhas e voluntários da União de Pastores Capelães (Unipas), entidade de cunho religioso que ajuda iniciativas das comunidades, realizou o trabalho em dois dias. A mobilização foi iniciada em outubro com a obtenção de material e parcerias que viabilizassem a recuperação do local. No fim de semana a limpeza começou no sábado com a retirada de oito sacos de 100 litros de folhas e resíduos de jardinagem. Neste domingo (15), o trabalho foi iniciado às 8h e prosseguiu até 15h. Participação “Acionamos o Departamento de Parques e Jardins que nos atendeu prontamente. Em janeiro enviou o escorregador e substituiu as gangorras quebradas. A limpeza e poda foram feitas por eles na última quinta [12]”, relata Marta Cuervo, uma das organizadoras da ação. Com apoio de outra moradora da Vila Nova, Raquel Mazzulo, conseguiu arregimentar voluntários para o mutirão. Donas de casas, homens, adolescentes e até crianças ajudaram a pintar as bordas dos canteiros, brinquedos do playground e os bancos da praça. Não bastava arregaçar as mangas sem ter os materiais necessários para mudar o visual do local. A obtenção das tintas foi uma cortesia da Basf, por meio da distribuidora Biadola, que doou 80 litros de tintas nas cores escolhidas pelos moradores. Segundo Marta, a orientação do DPJ era seguir a cor concreto para os bancos e monumento dedicado a Melvin Jones, fundador do Leonismo, homenagem do Lions Club Campinas Norte em 12 de abril de 1974. Brinquedos Os balanços, escorregador e gangorras foram coloridos com tintas vermelha, amarela, azul e verde. Alguns comerciantes doaram pincéis e rolos, caso do contador André Pianca, 42 anos, nascido na Vila Nova. “As três praças do bairro estão abandonadas. Com muito custo conseguimos que a Prefeitura colocasse iluminação”, reclama. Outro colaborador é Osvaldo Lanza, da Mercearia Lanza, estabelecida no bairro desde 1967. “É preciso eleger um zelador, alguém que se encarregue de cuidar e tenha autoridade. É papel da associação do bairro, que existe mas está inativa”, disse o comerciante. Ele ajudou com materiais e refrigerantes para refrescar os voluntários. Abandono Com pincel na mão, a moradora Renata Pereira, que sempre passeia na praça com as duas filhas — 4 e 8 anos — e o cachorro que já teve a língua cortada por um caco de vidro na areia do playground, reclamou do abandono e foi prontamente ajudar a iniciativa. “Protocolei uma reclamação na ouvidoria da Prefeitura em outubro sobre a iluminação e a grama alta”, lembra. Quando soube do mutirão realizado no sábado, Ana Barbosa, da diretoria de ação social de Campinas e Região da Unipas arregimentou seis voluntários para ajudar na pintura. “Ações como essa chamam a atenção da população e do poder público. Foi emergencial e conseguimos alguns voluntários”, disse Ana. Ela mora no bairro há nove anos e acredita que outras praças da região precisam no mesmo cuidado. A ideia do grupo é manter um mutirão mensal de conservação do local. Outro apelo é para que a população denuncie a colocação de entulho e lixo na praça.