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Moonrise Kingdom tem um desfecho nada previsível

João Nunes
21/08/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:48
Moonrise Kingdom ( Divulgação)

Moonrise Kingdom ( Divulgação)

Moonrise Kingdom (Telecine Premium, 12h30, 12 anos), de Wes Anderson (2012), começa despretensioso, mas se encorpa aos poucos. E tem desfecho nada previsível – por si só, um mérito. Trata-se de fábula que se passa em 1965 na Nova Inglaterra. É lá que Sam (o ótimo Jared Gilman) e Suzy (Kara Hayward) sentem-se deslocados em meio às pessoas com que convivem e sofrem todo o tipo de pressão. Mas em vez de vitimizar o casal (Sam tem 12 anos), o roteiro vira o jogo. E o menino (órfão e desdenhado pela família que o adota) tira de letra as perseguições dos colegas escoteiros. Inteligente e perspicaz, ele lida com as pressões com humor ferino, às vezes delicado e, em outras, ele devolve o desdém. Vocês não gostam de mim? Pois eu tampouco de vocês. Esta é uma das tiradas. Há conto de fadas embutido e, mesmo criticando a realidade dura que se impõe sobre os protagonistas, estes conseguem se construir na esperança de que, um dia, as coisas sejam do jeito que foi planejado. E, feito crianças, saímos do cinema encantados, mesmo que nos percamos quando encaramos a realidade.

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