Levantamento da Acirp mostra manutenção do otimismo do consumidor apesar de alta carga de impostos do início do ano
Pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pela Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) mostra que o consumidor da cidade está disposto a gastar nos próximos três meses.
Mas as preferências dos moradores da cidade concentram-se em dois setores, majoritariamente: curso de línguas e vestuário (roupas e calçados). A sondagem revela que 68% dos entrevistados “com certeza” comprarão roupas nos próximos meses, 54,2% comprarão sapatos e surpreendentes 10,6% se matricularão em algum curso de línguas.
O índice pode parecer baixo, mas em fevereiro do ano passado foi de apenas 3%. O levantamento é feito a cada três meses pela Acirp. “Acho que as pessoas estão acordando agora para a necessidade de aprender um segundo idioma, principalmente por causa da Copa do Mundo e das Olimpíadas”, acredita o economista Fred Guimarães, coordenador da pesquisa.
Outros setores, como computadores e brinquedos, também tiveram aumento na intenção de compra em relação a fevereiro do ano passado. Em outras áreas, como eletrodomésticos da linha branca, veículos e materiais de construção, houve queda. “São áreas que vinham sofrendo influência da redução do IPI. Com a volta do imposto, é natural que sejam menos visados”, disse Guimarães.
CONFIANÇA
De modo geral, o índice de expectativa dos consumidores ficou em 92,4 – o terceiro maior desde que a Acirp iniciou a pesquisa, em novembro de 2009. Em fevereiro do ano passado, o índice ficou em 81,4. “É bastante significativo, ainda mais porque acabamos de sair de um período de pagamento de impostos e com o IPTU bem maior do que estava no ano passado.”
Em relação ao otimismo quanto às condições econômicas atuais, a pesquisa constatou aumento em todas elas. A confiança nas condições atuais do emprego aumentou um ponto percentual; em relação à quantidade de vagas, houve expansão de 10,1 pontos percentuais.
Para as condições futuras, também houve expansão na área de emprego do entrevistado, na quantidade de vagas e melhores condições familiares. O ganho para a nota positiva foi de 3,1; 12,6 e 14,2 pontos percentuais, respectivamente.