Como está preso desde 2012, Mizael deverá cumprir pelo menos mais sete anos em regime fechado
O julgamento do ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima em 2010, será retomado na manhã desta terça-feira (Divulgação)
Quase três anos depois do assassinato de Mércia Nakashima, o advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza foi condenado, na quinta-feira (14) a 20 anos de prisão pelo crime. Assim que a sentença foi lida pelo juiz Leandro Bittencourt Cano no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, a irmã da vítima, Claudia Nakashima gritou, em desabafo: “Assassino! Maldito!” A defesa pretende recorrer.
Como está preso desde fevereiro de 2012, Mizael deverá cumprir pelo menos mais sete anos em regime fechado, antes de solicitar a progressão para o semiaberto. Segundo o promotor Rodrigo Merli Antunes, bastaram os votos dos quatro primeiros dos sete jurados para que Mizael fosse condenado - como foi atingida a maioria, os outros não precisaram ser contados. A maioria dos jurados concordou que o crime foi cometido com emprego de meio cruel e por motivo torpe e que houve impossibilidade de defesa da vítima.
Na sentença, o juiz afirmou que o fato de Mizael ter mentido foi grave e, por isso, acrescentou dois anos à pena. Cano chorou ao fim da leitura, emocionado. O réu permaneceu todo o tempo de cabeça baixa, com as mãos junto ao rosto. A família da vítima formou uma corrente, de mãos dadas no fim da audiência. Mizael deixou o Fórum sob protestos de manifestantes, em viatura da PM, em direção ao Presídio Militar Romão Gomes, na Água Fria, na zona norte da capital. Um dos irmãos dele foi embora escoltado por policiais.