CARLO CARCANI

Mistura de emoções

Carlo Carcani
23/10/2013 às 21:31.
Atualizado em 26/04/2022 às 06:49

A torcida da Ponte Preta vive uma curiosa mistura de emoções neste final de temporada. Apreensiva com o enorme risco de rebaixamento, alterna momentos de esperança (frutos de vitórias sobre Botafogo e Coritiba, por exemplo) com outros de conformismo e decepção (derrotas para Náutico, Atlético-MG e Santos). Permanecer na divisão de elite não é algo impossível, mas a maioria da torcida tem consciência de como será difícil reverter esse quadro.Mas o curioso é que, ao mesmo tempo em que aguarda sem otimismo o desfecho do Brasileirão, a torcida vive um momento de euforia com a presença da equipe nas quartas de final da Sul-Americana.Enfrentar o Deportivo Pasto foi interessante pelo caráter inédito de um confronto internacional, mas o que está por vir será bem mais interessante.O Vélez é o atual campeão argentino, já ganhou a Libertadores e tem um estádio de quase 50 mil lugares em Buenos Aires. É muito maior do que Pasto em qualquer aspecto e, evidentemente, enfrentá-lo será bem mais desafiador.Estar frente a frente com uma das grandes forças do continente enche o torcedor pontepretano de orgulho e lhe dá motivação para apoiar o time nos jogos decisivos que estão por vir.Será interessante observar também como será o comportamento do elenco nas duas próximas semanas. Notoriamente, o time sentiu demais a altitude em Pasto e fez, na terça-feira, a sua pior apresentação no ano. Tecnicamente, foi um desastre. A Ponte não conseguiu marcar bem e permitiu que o adversário chegasse à linha de fundo inúmeras vezes. Também não conseguiu sair jogando e muito menos finalizar contra a meta de Martínez (as quatro conclusões da Macaca foram para fora).Mas se na técnica não deu, o time conquistou a classificação com muito empenho e impediu, com enorme dificuldade, que o adversário marcasse o gol que levaria a decisão da vaga para os pênaltis.Além da altitude, o time superou outros obstáculos em sua viagem à Colômbia. Chegar a Pasto foi um problema enorme. A tensão e os voos extras atrapalharam a preparação da equipe para o jogo. Depois de passar por tudo isso, nada melhor do que voltar para casa com a missão cumprida. Essa sensação deve ter deixado o time tão motivado quanto a torcida.E motivação é o que não pode faltar à equipe nas próximas duas semanas, recheadas de jogos decisivos. Mas isso é assunto para a coluna de amanhã

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