Antes de adquirir um dispositivo usado, é preciso avaliar condições de bateria, resolução e tela, funcionamento do touch e ainda a versão do sistema operacional (pixabay)
Os smartphones se tornaram parte indispensável de nossas vidas. Dados do International Data Corporation (IDC) Brasil, no primeiro trimestre de 2023 o mercado brasileiro de celulares registrou baixa de 11% em unidades novas vendidas em relação ao mesmo período de 2022, mesmo com a diminuição do ticket médio no valor dos dispositivos. Foram 9,94 milhões no período. A IDC também registrou que em 2022 foram comercializados 3,6 milhões de aparelhos usados e recondicionados, e a expectativa é que as vendas alcancem 4,6 milhões este ano e 5,5 milhões em 2024.
Portanto, se a velocidade dos novos lançamentos possibilita a muitas pessoas trocas aceleradas para adquirir modelos mais avançados, outras enxergam em aparelhos com pouco tempo de uso boas oportunidades para trocar de celular pagando menos. Apesar da economia, é importante que essa seja uma escolha inteligente e segura para não terminar com uma tremenda dor de cabeça futura.
Segurança
A princípio é preciso levar em consideração se o vendedor do aparelho é idôneo, pois o item pode ser proveniente de roubos e furtos. É possível verificar se o celular está em situação regular no site “Celular Legal”, da Anatel, pesquisando por seu número do IMEI (International Mobile Equipment Identity - ou Identificação Internacional de Equipamento Móvel, em português). Trata-se de um código numérico único e global, presente em aparelhos que se conectam às redes celulares. Em caso positivo, o portal deve fornecer todas as informações sobre o status do aparelho consultado. Mas se o pedido for negado, é motivo de alerta. Também é importante, com o dispositivo em mãos, conferir se o número do IMEI é igual ao da caixa e da nota fiscal. Para descobrir, basta digitar *#06# no discador nativo do telefone e o código aparecerá automaticamente.
Informações técnicas
De acordo com Ricardo Verçosa, professor de Tecnologia da Informação do Senac, outra informação importante a ser analisada por quem quer adquirir seu celular usado é o estado de conservação do hardware, especialmente da bateria. “Isso porque alguns modelos que já têm um certo tempo de mercado enfrentam um problema grave quando é necessário realizar a troca de bateria, mesmo quando feita por um técnico especializado, pois alguns modelos de bateria para celulares mais antigos são de baixa qualidade e, portanto, de baixa durabilidade”, detalha.
Outras informações técnicas carecem de atenção. Smartphones mais antigos costumam ter menos de 32 gigas de armazenamento, e isso pode dificultar o suporte dos softwares que o novo dono costuma usar. Ricardo ainda recomenda que o celular tenha conexões de dados compatíveis com as tecnologias mais novas como o 5G. “É importante que o celular tenha uma das versões mais novas do Bluetooth, que está na sua versão 5 também. É bom evitar versões muito limitadas, como por exemplo, a versão 1 e 2 do Bluetooth”, sugere. Também é indicado que o sistema operacional não se distancie muito das versões mais atuais, que no Android é a 14 e no iOS, a 16. “Versões muito antigas do sistema operacional são incompatíveis com as versões mais novas dos softwares, impossibilitando o acesso aos aplicativos de rede social ou streaming de vídeo, por exemplo”, detalha o professor.
Critérios mais importantes a serem avaliados na coompra de um celular usado, em ordem de importância:
✓ Bateria;
✓ Estado e condição da tela (verificar se não há trincos, rachaduras, manchas);
✓ Resolução da tela (celulares muito antigos muitas vezes podem ter telas com resoluções mais baixas);
✓ Funcionamento do touch da tela e dos botões;
✓ Câmeras e sensores;
✓ Conexões;
✓ Versão do sistema operacional;
✓ Bloqueios
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