UMA FOFURA AGITADA

Hamsters: saiba quais cuidados devem ser tomados

De hábitos noturnos e vida curta, esses animais são muito ativos, higiênicos, e adoram o tempo frio

Cibele Vieira
17/06/2022 às 10:22.
Atualizado em 17/06/2022 às 10:23
A hamster Lua se adaptou bem à família Negrini, que se informou sobre a espécie antes. Enrico e Diana curtem a mascote (Arquivo Pessoal)

A hamster Lua se adaptou bem à família Negrini, que se informou sobre a espécie antes. Enrico e Diana curtem a mascote (Arquivo Pessoal)

Foi durante a pandemia, há cerca de um ano e meio, que Lua entrou para a família Negrini, de Campinas. Diana, de 39 anos, conta que o isolamento estava sendo bem difícil para os filhos Enrico, de 8 anos, e João Gabriel, de 14. “Em uma das aulas virtuais, o mais novo viu uma amiga com um hamster e ficou apaixonado. Achei que seria bom para eles terem uma mascote”, conta a mãe. Os hábitos e cuidados foram pesquisados antes e a chegada da Lua “foi tranquila e sem surpresas”. 

Diana relata que recebeu uma dica importante logo no início: pegar bastante a mascote para ela se acostumar e não ficar antissocial. “Fizemos isso e hoje ela é supertranquila e carinhosa”. Outro detalhe que no começo exigiu adaptação tanto da família quanto da hamster foram os horários: como é um animal de hábitos noturnos, no início todos estranhavam os barulhos que ela fazia à noite.  “Mas com o tempo, ela mesma foi se adequando aos nossos horários e hoje estamos todos bem adaptados”. 

Um bichinho ativo que vive pouco

Também é importante saber que o animal tem vida curta. A veterinária Bruna Silvatti, especializada em animais silvestres e exóticos, explica que os hamsters têm uma expectativa de vida entre dois e três anos, no máximo, razão pela qual não recomenda o animal para crianças pequenas, que podem sofrer com a perda. Sobre isso, a família Negrini teve uma conversa prévia para explicar aos filhos. “O caçula Enrico aproveita ao máximo o tempo com ela, pois sabe que será curto”, relata a mãe. 

Outra característica desta ativa mascote é a necessidade de exercícios, por isso a família colocou uma rodinha na gaiola e providenciou também um globo próprio para que ela ande pela casa em segurança. Mas Diana salienta que “é preciso tomar bastante cuidado ao deixá-la sair da gaiola, pois aconteceu de ela dar uma fuga pela casa e colocar todo mundo desesperado tentando encontrá-la”. Isso ocorre porque uma das características dos hamsters é se esconder em tocas e cantinhos escuros.  

Uma das brincadeiras preferidas dos garotos tutores de Lua é fazer um trajeto de sementes no chão “e ela vai colocando tudo na bochecha como um aspirador de pó”, contam. Isso ocorre porque algumas espécies de hamsters têm as bochechas dilatáveis, onde podem armazenar e carregar comida. Aliás, a palavra inglesa “hamster” vem do termo alemão “hamstern”, que significa acumular ou armazenar, referência às grandes bochechas.

Cuidados essenciais

A veterinária Bruna Silvatti explica que esses animais são extremamente limpos e fazem uma auto higiene diária, então a recomendação é manter a gaiola sempre limpa para permanecerem saudáveis, mas os banhos devem ser evitados. Ela recomenda investir em uma gaiola que tenha um bom espaço, separado em áreas de descanso, alimentação e dejetos. O ideal, frisa, “é uma gaiola com mais de um andar, para que o animal possa subir e descer, fazendo exercícios. Mas evite deixá-la próxima a cortinas ou tecidos, porque eles comem, destroem tudo”. 

Quanto à alimentação, eles são animais onívoros (se alimentam de fonte vegetal e animal), o que permite petiscos como legumes cozidos, frutas, verduras, queijo branco e iogurte. “Tudo isso entra como petisco e não como base de alimentação, que é a ração extrusada específica para a espécie”, alerta a veterinária. Deixar madeiras e brinquedos (resistentes e atóxicos) para roer é importante, porque os dentes incisivos (os da frente) têm crescimento contínuo e precisam ser desgastados, ou seja, precisam estar sempre roendo para evitar que esses dentes cresçam demais. 

Como os hamsters são originários de locais frios - como a China e a Mongólia – eles se adaptam melhor às temperaturas baixas e não se dão bem em locais muito quentes. Portanto, não devem ficar expostos ao sol, principalmente durante o verão. Essa recomendação se estende à sua gaiola, que deve estar sempre distante de fontes de calor, como aquecedores e outros eletrodomésticos.

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