Na hora das compras, leve sua própria ecobag (Pixabay)
Para alcançarmos um mundo mais sustentável e equilibrado, as mudanças começam dentro de casa. É o que garante a embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil, Renata Coelho. Ela explica que algumas transformações simples e possíveis no nosso dia a dia podem fazer muita diferença no esforço de produzir menos lixo ou, como ela reforça, resíduos. “Quando decido por esse caminho, é importante começar a pensar antes da reciclagem e compostagem. Preciso diminuir primeiro os resíduos e para isso tenho que trazer o mínimo possível de embalagens para dentro do meu lar”, afirma. Quando vai fazer compras no mercado ou na padaria, Renata pensa em toda a cadeia de resíduos que pode gerar, incluindo a viagem de carro. Confira algumas das atitudes dela que podem inspirar:
- Em primeiro lugar, leve suas próprias sacolas para carregar a compra;
- Faça a lista de compras e leve para casa somente aquilo que será consumido. A atitude evita gastos extras e desperdícios (em média, 60% do lixo doméstico é alimento);
- Leve potes de vidro (que podem durar até 10 anos) para armazenar frios, como presunto e mussarela, fatiados na hora;
- Carregue sua própria sacola de pano reutilizável para guardar pães, frutas, legumes e outros itens da feira;
- Evite produtos na bandeja, é um resíduo desnecessário;
- Busque opções de compras a granel. Grãos, leguminosas, cereais, temperos, farinhas e açúcar são alguns dos itens;
- Dê preferência para mercados, feiras e outros estabelecimentos próximos, economizando no combustível e queima de CO²2, possibilitando visitas sem o carro;
- Valorize os pequenos produtores próximos, muitas vezes oferecendo alimentos mais frescos.
O que é “lixo zero”?
Renata Coelho, que dá palestras na região para conscientizar as pessoas de que não existe lixo, tudo é resíduo, explica o conceito. “Segundo o Instituto Lixo Zero Brasil, o ‘lixo zero’ é quando 90% dos resíduos gerados por um local têm a destinação correta. Isso significa mandar para o aterro sanitário apenas 10%. O que vai para o aterro costuma ser basicamente papel higiênico. Por que a comida, que corresponde a até 60% do lixo, deve virar compostagem. Os outros 30% são os recicláveis, papel, plástico, vidro, metal, que podem ser levados para uma cooperativa”.
Em casa, ela própria adota o lixo zero, mas lembra que foi um processo. “Fiz algumas escolhas. Hoje tenho parceria com um coletor de resíduos, troquei o fio dental por uma opção de fio de milho biodegradável, abandonei o algodão e fiquei com os discos de crochê reutilizáveis. Aos poucos mudamos nosso olhar a partir do entendimento de que somos responsáveis pelo resíduo que produzimos”. É possível ver todos os pontos de coleta de resíduos de Campinas no site (clique aqui).