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Bate-papo com Tavi Barros

Tavi Barros recebeu a Metrópole em sua casa no Jardim Chapadão, onde mora há 30 anos, para um bate-papo descontraído e deu dicas sobre a cidade

Aline Guevara
05/02/2024 às 14:56.
Atualizado em 05/02/2024 às 14:56
Com cinco faculdades, Tavi Barros teve passagem marcante pela Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia (Alessandro Torres)

Com cinco faculdades, Tavi Barros teve passagem marcante pela Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia (Alessandro Torres)

Otávia Pires Barbosa de Barros – ou simplesmente Tavi, o apelido de infância pelo qual ficou conhecida – não nasceu em Campinas, mas é praticamente campineira. Sua cidade natal é Jacutinga, Minas Gerais, mas ela veio para o interior paulista com apenas 4 anos de idade e daqui não saiu mais. Cresceu, estudou, casou, trabalhou como educadora na rede estadual e continuou estudando. Ela concluiu cinco faculdades, todas na PUC-Campinas: Português e Inglês, Geografia, Ciências Sociais e Políticas, Pedagogia, e Direito - inclusive passou, depois, no exame da OAB.

“Gosto muito de estudar, acho que nasci para ensinar. Meu pai, Antônio Pires Barbosa, e meu irmão, Antônio Pires Barbosa, eram médicos e todos achavam que eu devia fazer Medicina. Mas acabei sendo professora”, diz, rindo, lembrando que o salário na área da educação sempre foi baixo. “Era mesmo uma vocação.” Vinte e seis anos depois de se aposentar das escolas, ela ainda mantém contato com ex-alunos em grupos de WhatsApp e até em encontros presenciais. “Tive alguns alunos brilhantes, que me dão muito orgulho. A gente aprende muito também nessa troca.”

Com o marido, Gil Leite Barros, ela conheceu o mundo e passou temporadas em países europeus e nos EUA. Sempre interessada em história e em geografia, sua área de formação, ela desbravou algumas regiões do interior da Itália, da Espanha e elenca a sua cidade favorita: Viena. Foram 50 anos de um casamento bastante feliz, segundo Tavi, até que, em 2012, seu marido faleceu. “Foi o amor da minha vida, não tive outro.” Os dois tiveram os filhos Arthur e André e os netos Matheus e Thaís.

Tavi ainda teve uma passagem marcante pela Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia, santa da qual é devota. Sua mãe, Antonieta Rodrigues Pires Barbosa, foi uma das fundadoras da instituição. O trabalho, todo voluntário e dependente de doações, consiste em costurar roupas para crianças de 0 a 12 anos e oferecê-las para hospitais e outras entidades. Hoje, está afastada, mas pretende mudar isso. “Quero voltar para lá. É um trabalho duro, mas recompensador”, afirma. Atualmente, Tavi é assessora do vereador Luiz Henrique Cirilo, cargo que ocupa há 15 anos e que a ajudou a superar o luto pelo marido.

“Na minha vida, tenho duas grandes referências de atuação na área social em Campinas. Uma é Maria Angélica Barreto Pyles, fundadora dos Patrulheiros, um exemplo de generosidade e seriedade. Outra é Sandra Keppke, uma mulher maravilhosa que tem um coração do tamanho do mundo”, conta, citando ainda o cirurgião plástico Ricardo Andrade como um grande amigo. Ela recebeu a Metrópole em sua casa no Jardim Chapadão, onde mora há 30 anos, para um bate-papo descontraído e deu dicas sobre a cidade. Confira:

Com familiares e amigos, Tavi Barros gosta de frequentar shoppings da cidade, restaurantes, cinemas e o Círculo Militar (Arquivo pessoal)

Com familiares e amigos, Tavi Barros gosta de frequentar shoppings da cidade, restaurantes, cinemas e o Círculo Militar (Arquivo pessoal)

Um lugar para almoçar em família: Kilimanjaro, porque eu gosto do ambiente aberto para o Shopping Galleria e eles têm uma boa variedade de saladas, que eu gosto muito.

E um restaurante para um jantar especial: o Theo Medeiros e o Único Restaurante. Eu gosto da qualidade da comida, mas também do ambiente deles, que é descontraído e sem frescuras.

Lugares em Campinas que trazem boas recordações: o Bosque dos Jequitibás, nos bons tempos. Eu frequentei quando estava noiva, depois levava meus filhos. Mas eu gosto mesmo da minha casa. Sempre fui caseira e gosto de receber as pessoas aqui.

Lugar que gosta de frequentar em Campinas: o Círculo Militar. Eu comprei meu título sozinha, em 1975. Meus filhos cresceram lá dentro e até hoje gosto de caminhar por ali.

Lugar para tomar um bom café: tem muitos espaços bons em Campinas, mas meus favoritos são o Nebline e o Maria Antonieta.

Padarias que têm o que você gosta: a Nico e o Pão do Castelo, para bons pães e frios, e o Croissant D’or, pelo croissant mesmo. Viagens que mais gostou de fazer: Barcelona, Viena e Luca, no interior da Itália, até porque sou devota de Santa Rita.

Onde vai com as amigas: aos shoppings da cidade, Dom Pedro, Galleria e Iguatemi, para bater perna, ver vitrine, tomar um café. E ao cinema. Gosto muito de filmes de suspense, de descobrir quem é o assassino.

Lugar para comprar roupas: Alba Loyola, compro muito lá. Gosto da qualidade e estilo das roupas, e o atendimento também é muito bom. É uma delícia estar lá.

Onde cuidar da beleza: A minha dermatologista é a Caroline Bittencourt, que cuida da pele e cabelo. O corte de cabelo fica com a Maria Cecília Cabeleireiros, no Guanabara. Para tingir e fazer mechas, eu vou na Nenê Vilagelin, famosérrima em Campinas.

Se puder escolher só um lugar em Campinas para frequentar: Eu não vou tanto lá, mas gosto muito de frequentar a Academia Campinense de Letras, principalmente agora sob a direção do Jorge Alves de Lima. Gosto muito de assistir às palestras.

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