Por onde anda você?

Bate-papo com Sérgio Pacheco

Ele recebeu a Metrópole para um papo pra lá de inspirador no Centro de Treinamento no bairro Gramado e contou também sobre o que gosta de fazer

Karina Fusco
28/11/2023 às 16:44.
Atualizado em 28/11/2023 às 16:44
Sérgio no Centro de Treinamento, no Gramado, onde é treinador, mas também um pouco “pai”, amigo e conselheiro dos atletas (Divulgação)

Sérgio no Centro de Treinamento, no Gramado, onde é treinador, mas também um pouco “pai”, amigo e conselheiro dos atletas (Divulgação)

Ele é conhecido tanto por seu protagonismo como jogador de basquete e depois como árbitro, que começou atuando regionalmente e depois ganhou o mundo, chegando a apitar partidas históricas com grandes nomes do esporte, como Hortência, Paula, Oscar, Magic Johnson, como também com o destaque que tem dado a Campinas no tatame, pois comanda um projeto esportivo de formação de atletas no taekwondo e fez bonito como técnico da Seleção Brasileira Taekwondo. Do mundial ele trouxe três campeõs, o que o orgulha muito.

Sérgio Pacheco, ou Serginho, como é chamado por muitos amigos, é um exemplo de determinação, de alegria, e de vida. Aos 58 anos, ele olha para a sua trajetória pessoal e profissional e se vê como um vencedor, embora nada tenha sido planejado. “As coisas foram acontecendo”, revela.

Em 2015, o sempre atleta se viu diante de um dos maiores desafios de sua vida: recebeu o diagnóstico de câncer de pâncreas, passou por cirurgia, fez quimioterapia por cerca de um ano, chegou a ser internado cinco vezes e resistiu. Ao se curar, voltou a apitar profissionalmente e foi eleito o melhor arbitro em dois anos. A vida mudou, mas os ensinamentos e a conversa que ele teve com Deus pedindo para continuar a viver são motores que o impulsionam. “Eu quase morri oito vezes, por isso meu sonho é me manter vivo. Talvez pelo que passei, eu durma tão pouco, apesar das broncas da minha esposa. Eu amo viver intensamente!”, ressalta.

Ele faz questão de destacar que nasceu na periferia, enfrentou o preconceito racial fortalecendo sua personalidade e como entende que a sociedade o recebeu e ele não morreu pela doença grave que teve, acredita que sua missão é retribuir tudo isso nesse projeto com os atletas de taekwondo. “Fico tanto tempo com eles que virei pai, amigo, irmão... vejo que transmito minha experiência e costumo reforçar que na hora da bifurcação, é preciso tomar cuidado e escolher o lado certo, pois se escolher o errado (com drogas, roubos etc) será difícil voltar”.

Ele recebeu a Metrópole para um papo pra lá de inspirador no Centro de Treinamento no bairro Gramado e contou também sobre o que gosta de fazer – acredite: ele ainda arruma tempo para os ensaios para performar cada vez melhor soltando a voz na banda Yellow Funk – e onde gosta de ir. Confira:

Lugares que Campinas que gosta de frequentar: A Lagoa do Taquaral é o quintal da minha casa. Adoro caminhar por lá e também ao redor do Cemitério das Aléias. Todo mundo me conhece e me para, mas eu entro em transe caminhando.

Um lugar para fazer uma boa refeição em família: o Mister Piu, no Cambuí, desde quando era Piu Piu Lanches. Adoro tudo que tem lá, desde os lanches até a parmegiana. Mas eu também gosto muito das opções gastronômicas de Sousas, como a Sulina. E no shopping, o Coco Bambu.

Um local que te remete a boas memórias: o Cambuí, nasci e cresci ali e ainda hoje passo com minhas filhas mostrando onde eu morava e a casa dos amigos. Eu brincava na Avenida Júlio de Mesquita de cabo de força. Eu passava no Baiano´s Dog, pegava flores e levava para diversas pessoas. Tinha uma lista! Uma vez, subi na sacada da casa da Danielma Garcia Martins Garcia Martins e caímos eu e a sacada. Até os pais dela acordaram, achando que era ladrão. Outra memória é que eu entrava na pista do Aeroporto de Viracopos para ver os aviões. Foi uma boa época, éramos muito felizes.

Um local que você gosta de ir: na feira livre do Cambuí. Até hoje eu frequento. Saímos do treino de sábado e vamos comer pastel na barraca do Iha.

Onde rende um bom happy hour com os amigos: nos ensaios da nossa banda na casa de um dos integrantes no Alto do Taquaral e lá tem estúdio. Nossos ensaios às quintas e sextas-feiras se transformam em happy hour. E vão chegando mais amigos músicos, que sabem que tem ensaio e logo tudo se transforma em churrasco e cerveja.

Bons endereços para fazer compras: vou muito ao Dia e ao Dalben, pois eu conheço os donos - e apesar dos donos serem bugrinos e eu pontepretano. Aliás, sou pontepretano e tenho muitos amigos bugrinos.

O melhor clube de campo: A vida inteira fui sócio do Tênis Clube, mas quando minhas filhas nasceram e mudei de casa parei de ir e deixei de ser sócio.

Um destino que gosta de viajar: já viajei muito profissionalmente, por isso gosto demais de ficar em Campinas, mas se for pra sair com a família, adoro ir para Monte Verde. Fazer as trilhas que levam até os picos e ficar horas apreciando as montanhas é algo que me recarrega a energia. A El Brujo é a pousada onde temos ficado ultimamente. 

O ex-atleta que se destacou como árbitro internacional de basquete ao lado de Hortência (Arquivo pessoal)

O ex-atleta que se destacou como árbitro internacional de basquete ao lado de Hortência (Arquivo pessoal)

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