Entre as paradas, como esta diante do monumento “Mano del Desierto” no Atacama, muitas descobertas (Arquivo pessoal)
O dentista Luiz Alberto de Aguirre, de 47 anos, é campineiro nato. Estudou a vida toda no Colégio Notre Dame, cursou Odontologia na Unip e fez especializações aqui também. Ele faz questão de frisar que tanto sua vida profissional, quanto a social são na cidade. Mas, cansado do agito e da movimentação intensa da região central, escolheu morar e trabalhar no distrito de Sousas, que lembra sua infância. Ali ele gosta de circular a pé pelo centrinho, bater papo com as pessoas com quem cruza nas ruas, saborear comidas de boteco (algo que ele adora) e até comer pastel na feira semanalmente.
Diante de convites que recebe dos amigos para ir a algum endereço de Campinas, ele costuma responder com outro convite: “por que vocês não vêm para Sousas?”. “Aqui o modo de vida é mais simples e isso me agrada muito, me faz feliz”, justifica. “Eu gosto do tradicional, do contato com a natureza, tanto que regularmente faço caminhadas até Joaquim Egídio”, completa.
Ele, que mesmo sendo apaixonado por viajar, sobretudo de moto, mas também de carro com a família, é um bairrista assumido, uma pessoa que conta aos quatro cantos que aprecia o modo de vida interiorano. Mas, claro, isso não o impede de explorar o mundo. Sua paixão por motos, que começou na juventude, já o levou para diversos países e de cada uma dessas andanças ele traz registros fotográficos de extrema beleza, muitos deles emoldurados em seu consultório. Recentemente Luiz até criou um negócio a partir de seu hobby: uma agência de viagens sobre duas rodas em que ele é também o guia. “Como aprecio muito a gastronomia, os atrativos dos roteiros são a comida e a moto”, diverte-se. Contando sobre os lugares que frequenta, ele inaugura a nova seção de entrevista da Metrópole. Vamos ao bate-papo:
Petisco que aprecia: frango à passarinho do Bar Central e do Esquinão, em Sousas.
Pedido ideal na padaria: misto quente ou queijo quente, mas também adoro um pão com manteiga acompanhado por um pingado. O café da manhã na Padoca do Vila é algo que me atrai.
A melhor comida do dia a dia: eu encontro no bistrô do Nelson, ao lado da Igreja de Sant´Anna, em Sousas.
Uma comida para o fim de semana: a feijoada do Esquinão, acompanhada por caipirinha.
Iguarias da feira livre que você aprecia: pastel e doce de leite com casquinha por fora.
Endereço para comer frutos do mar: são dois: o Brera e o Bouquet Garni, ambos em Sousas.
Um lugar para tomar uma boa cerveja: na Cervejaria 3 Orelhas, em Joaquim Egídio.
A melhor sobremesa do mundo: é um pudim de leite que provei em Chaco, na Argentina, numa viagem de moto, quando parei por falta de gasolina.
O programa cultural ideal: teatro, principalmente drama, stand-up e comédia. Quando não tem programação atrativa aqui, vou para São Paulo.
Para curtir em casa: Netflix.
Um bom motivo para sair de Sousas: o cicloturismo.
Sua primeira viagem de moto: fui para Fortaleza quando eu tinha 18 anos.
Uma viagem marcante: para a Praia do Cassino, RS. São quase 300 km de um trajeto desafiador para fazer de moto, mesmo para quem é experiente.
A viagem dos sonhos: pelo Marrocos, de moto, é claro. Ainda farei!
Local em que a hospitalidade se destacou: são dois: o Hotel Grace e a Vinícola Piattelli, ambos em Cafayate, na Argentina.
Uma comida inesquecível: centolla, uma espécie de caranguejo gigante, que provei em um restaurante no Ushuaia.
Passeio ideal em família: um fim de semana em Gonçalves, MG, onde ganhei meu cachorro Zap, no litoral de SP, ou uma esticada até o Beto Carrero World.
Dentista Luiz Alberto de Aguirre (Kamá Ribeiro)
