RUBENS MORELLI

Mesinha de centro carregada

Rubens Morelli
rubens.morelli@rac.com.br
22/05/2014 às 22:42.
Atualizado em 24/04/2022 às 12:57

Pode preparar a pipoca. Ou o amendoim, a batata frita, a azeitona, o salaminho, o salgadinho e a gelada. Ou o lanche natural e o suco, dependendo da sua preferência. Não interessa o belisco na mesinha de centro da sala, mas deixe-a carregada para o grande jogo. Real e Atlético fazem o duelo de Madri em Lisboa, sábado, na final da Liga dos Campeões, um jogo que o amante de futebol não pode perder por nada. Mesmo se sua mulher quiser ver as promoções das malhas em Serra Negra, resista. É o último grande jogo antes da Copa do Mundo e vale até ficar concentrado esta noite para não perder nenhum detalhe dele.O maior campeonato do mundo merece a fama que tem. Basta olhar o jogo. Não tem comparação com as atuais peladas que são jogadas nos campinhos brasileiros. Nem vale dizer que, agora, alguns estádios daqui são padrão-Fifa, até porque não são. Se até bilhetes são vendidos para lugares inexistentes nas arquibancadas, o que podemos fazer?E mesmo dentro das quatro linhas, o gramado está em boas condições, mas o futebol está ficando cada vez mais raro. Só vejo chutão para cima ou para os lados, correria descabida, malandragem sem fim e cartões amarelos inúteis, distribuídos a rodo a quem ousa desafiar a arbitragem, que mais erra do que acerta.Os ingressos caros daqui estão fora da nossa realidade futebolística faz tempo. E se o Lula acha “babaquice” fazer com que o torcedor chegue de metrô dentro do estádio, eu acho babaquice chegar ao estádio e não ter um banheiro decente para usar. Ou, pior, correr o risco de ser atingido por uma privada na cabeça. Tudo para ver um jogo de peladeiros em que a bola fica mais parada do que rolando.Assistir a um jogo da Liga dos Campeões é diferente. E isso não significa ser baba-ovo dos europeus. O futebol que se joga lá é completamente diferente. É pegado, é duro, é rápido e, principalmente, é jogado dentro de campo, com respeito de todas as partes, inclusive a da arbitragem, que não gasta o apito à toa, só pra lembrar a todos que ela está ali.Sábado, Real Madrid e Atlético de Madrid entram em campo para fazer história. Um, para vencer o torneio pela 10ª vez. Outro, para levantar uma taça inédita. E mesmo que se diga que o Atlético é um time de Libertadores, não caia nessa. É, sim, um time voluntarioso, aguerrido, esforçado, mas um time de Liga dos Campeões, pronto para enfrentar o todo-poderoso Real, com suas estrelas mundiais.Eu já separei os acepipes para sábado. E você?

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