ANIVERSÁRIO

Mercadão de Campinas coleciona 105 anos de histórias

Boxes do Centro de Compras popular é uma mistura de produtos e causos de pessoas

Da redação
11/04/2013 às 22:35.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:41
Mercado Municipal de Campinas completa 105 anos nesta sexta (12) (Gustavo Tilio/Especial para AAN)

Mercado Municipal de Campinas completa 105 anos nesta sexta (12) (Gustavo Tilio/Especial para AAN)

Não há campineiro que não conheça o Mercado Municipal, o popular Mercadão, que nesta sexta-feira (12) completa 105 anos de vida.

Mais antigo centro de compras de Campinas, cravado no coração da cidade, o predio reúne de tudo um pouco, de produtos a pessoas — de vários cantos do Brasil e até do outro lado do mundo.

Cartão-postal do município, o local marcou a vida de milhares de pessoas durante sua história centenária, como é o caso de Maria Daniel, mais conhecida como dona Mariana, 81 — 71 deles vividos no Mercadão.

Nascida em 15 de junho de 1931, é a terceira filha de cinco irmãos de uma família vinda da Síria, que cresceu e se estabeleceu na cidade.

Dona Mariana conta que brincava pelos cantos do Mercadão enquanto o pai, José Daniel, mantinha comércio no local. “Lembro que tinha 10 anos. Chegava aqui descalça, não usava sapatos, e brincava no chafariz, com as carroças. Eu me divertia muito”, recorda.

Depois de tantos anos, não é exagero falar que o local faz parte de sua vida. Dona Mariana é quem tem a trajetória mais antiga ligada ao Mercadão. Em seu comércio, vende um pouco de tudo, que é mais conhecido pelos armarinhos, aviamentos e as tiras de dedo que “salvam chinelo”, brinca.

Dona Mariana busca toda a mercadoria da sua loja em São Paulo, com a ajuda de uma dama de companhia, e ama a vida que tem no mercado. “O lugar passou por reforma, tive que ficar 1 mês longe daqui e fiquei louca. Essa loja é minha vida.”

Gostosuras 

Não há nada melhor do que bater perna no Mercadão e depois forrar a barriga com algumas de suas delícias. Do turbinado lanche de mortadela ao açaí, gostosuras são o que não faltam.

A comerciante Sueli do Nascimento Silva, 32 anos, é dona do box responsável pelo almoço 8 ou 80. 

A ferveção na lanchonete é tanta que não sobra cadeira livre após o meio-dia. São 3 misturas diferentes no almoço e o cardápio ainda oferece gostosuras como o filé de pescada e o bolinho de bacalhau. O suculento lanche de mortadela, carro-chefe, sai por R$ 12,00.

“Visitamos o Mercadão de São Paulo para fazer o mais parecido possível por aqui”, conta Sueli.

Já o açaí até assusta de tão grande e bonito, que vem com banana, granola, morango e leite condensado. “A gente tem cliente de todos os tipos e a venda fica bem dividida”, completa.

Pamonha e sucos

Seja para curar ressaca, energizar o corpo pra aguentar o trampo ou dar um gás nos exercícios físicos, o box da Cláudia Lourenço, 44, a “Claudinha da Pamonha”, faz sucesso com seus sucos.

“Tem gente que nem almoça, toma só um suco e já renova suas energias”, conta Claudinha, que faz um enorme sucesso também com a delícia de milho. 

 

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