CAMPINAS

Menor acusado de atropelar e matar pintor se apresenta à polícia

Alenita Ramirez
11/04/2014 às 17:28.
Atualizado em 27/04/2022 às 01:46
Fiat Strada que teria participado de possível racha foi apreendido e passou por perícia ( Janaína Ribeiro/Especial a AAN )

Fiat Strada que teria participado de possível racha foi apreendido e passou por perícia ( Janaína Ribeiro/Especial a AAN )

Um rapaz de 17 anos (completa 18 anos mês que vem) se apresentou à Polícia Civil como o culpado pela morte do pintor Edson Alves de Sousa, 58 anos, na manhã da última segunda-feira (7), quando atravessava a Avenida Dr. Heitor Penteado, na altura da Praça Arauto da Paz, a cerca de 100 metros do 4º Distrito Policial (DP), no bairro Taquaral, em Campinas, nesta quinta-feira (10). O adolescente foi acompanhado da mãe e do advogado. Segundo o delegado Maurício Luncetti Geremonte, ele admitiu que dirigia o automóvel, mas negou que fazia racha. O jovem alegou que estava entre 60km/h e 70km/h e que o acidente aconteceu quando o pintor tentou desviar de outro carro que seguia pela faixa à esquerda e estava pouco adiante dele.O carro que atropelou a vítima, uma picape Strada, está em nome de um rapaz maior de idade, identificado apenas por Tiago, filho mais velho de um casal de ciganos. No dia do atropelamento, a mãe dos jovens alegou para os guardas municipais que atenderam a ocorrência, de que quem dirigia o veículo era o filho caçula, de 15 anos. Porém, testemunhas afirmaram à reportagem que o motorista era o rapaz maior de idade. A GM também contestou a versão, uma vez que o banco do carro estava afastado do volante.Na quinta-feira (10), a mulher disse ao delegado que se equivocou e que na hora não sabia ao certo qual filho estava dormindo no momento do acidente. Segundo Geremonte, o adolescente de 17 anos tem entre 1,75m e 1,80m de altura, o que leva a crer que ele estava no veículo. A mãe ainda disse ao delegado, que iria apresentar tanto o carro como o filho na delegacia, no mesmo dia, porém, a família teve que fugir às pressas com medo de ser linchada, já que populares apedrejaram o imóvel.Nesta sexta-feira (11) pela manhã, uma das filhas do pintor, foi ao 4º Distrito Policial, acompanhada do advogado Diego Rossi, prestar depoimentos. "Não altera nada no processo, com a apresentação de outro menor. A família espera que o Ministério Público altera o crime de culposo - quando não há intenção de matar - para doloso - com intenção de matar, pois houve um crime grave. Testemunhas afirmam que o carro estava em alta velocidade. Além disso, este jovem de 17 anos é reincidente. Temos imagens dele disputando racha e dando cavalo de pau, inclusive em volta da Lagoa. Esperamos também que o dono do carro seja incluso no processo porque ele deixou o carro para um menor pegar", disse Rossi.

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