Dona de casa disse para polícia que filha de 15 anos tinha lista de parentes que iriam morrer
Foto das meninas acorrentadas tirada pelos guardas municipais que apuravam uma denúncia anônima (Divulgação)
A mãe das meninas de 12 e 15 anos, que acorrentou as filhas para prendê-las em casa em Itu, disse à polícia nesta quinta-feira (18) que a mais velha tinha uma lista de pessoas da família que ela queria matar.
Maria de Cássia da Silva, de 42 anos, afirmou que até o nome dela estava na lista como uma das possíveis vítimas. “Minha filha é perigosa. Eu dormia com um olho aberto e outro fechado em casa para não ter surpresa”.
Estavam na relação de vítimas todas as tias que tentaram aconselhar a menina, segundo informou a mãe. Apesar de ter sido indiciada por maus-tratos, a mulher disse que tem tido só agora as primeiras noites de paz.
Ela vai responder ao processo em liberdade. As jovens estão com um familiar, segundo informa o Conselho Tutelar. Mas a presidente do órgão, Maria Cristina Barbosa, afirmou que a mãe continua como guardiã legal.
Apenas depois que o juiz que vier a ser o responsável pelo caso decidir é que essa situação poderá ser alterada. Mesmo assim, as jovens ficarão na casa de parentes para que tenham segurança em relação aos atos da mãe.
A dona de casa Maria de Cássia da Silva disse que acorrentava as menores para evitar que fossem se prostituir e se drogar. As meninas afirmaram que não obedeciam, mas negaram fazer prostituição e usar drogas.