ATENDIMENTO

Médicas cubanas irão para Posse e Pedreira

Ministério da Saúde confirmou a chegada de duas profissionais estrangeiras no dia 16 desse mês

Bruna Mozer
04/09/2013 às 05:01.
Atualizado em 25/04/2022 às 03:25

O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (3) a vinda de duas médicas cubanas para a Região Metropolitana de Campinas (RMC): uma para o município de Pedreira e outra para Santo Antonio de Posse. Em todo o Estado, apenas três municípios receberão profissionais de Cuba pelo programa federal Mais Médicos. Além da RMC, está inserido o município de Embu-Guaçu, na Região Metropolitana de São Paulo. A previsão é que os profissionais comecem a chegar em seus locais de trabalho por volta do dia 16, após concluírem o treinamento que é realizado nas capitais pelos estrangeiros ou brasileiros formados no Exterior. Em todo o Brasil, 701 municípios estavam na lista de aptos a receber cubanos, mas aguardavam a confirmação do Ministério da Saúde. Ela inclui as cidades onde nenhum médico demonstrou interesse em trabalhar. Os 400 cubanos que chegaram no Brasil, na semana passada, serão direcionados a 219 localidades (206 municípios e 13 Distrito Sanitário Especial Indígena). A maior parte trabalhará nas regiões Norte e Nordeste do País. Representantes das prefeituras de Posse e Pedreira estiveram nesta terça-feira na Capital, onde participaram de uma videoconferência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No encontro, foram dadas as orientações sobre a recepção dos médicos cubanos. A secretária de Saúde de Posse, Vânia Regina da Cruz Santos, afirma que, embora o déficit seja de quatro médicos generalistas na cidade, a chegada do profissional será positiva. Posse, com 23 mil habitantes, tem atualmente apenas um clínico-geral. “Com isso, fazemos um revezamento nos centros de saúde com ginecologistas e pediatras. Assim, garantimos que a cidade não fique desassistida. Mas não conseguimos colocar em prática o Programa de Saúde da Família (PSF)”, disse. A Prefeitura havia pedido ao governo federal três médicos, mas não houve nenhum interessado. De acordo com Vânia, a médica cubana deverá trabalhar em uma unidade localizada na periferia ou na zona rural. A Prefeitura — assim como estabelece o programa — será responsável por garantir moradia e auxílio-alimentação. Para isso, a Administração alugou uma casa no centro da cidade. “Devemos providenciar o transporte, já que na cidade não tem ônibus circular e o acesso fica um pouco complicado”, acrescentou. Pedreira Em Pedreira, o secretário de Saúde Adriano Peres Lora também comemorou a chegada do médico. A Prefeitura pediu ao governo federal três profissionais, mas não houve nenhum inscrito. “Ajuda, mas o ideal seria o envio de três profissionais. Estamos otimistas que o governo nos mande outros dois, mas não há nada confirmado.” Segundo Lora, o cubano vai trabalhar na unidade no Jardim Andrade, periferia da cidade. “É um bairro grande e ainda tem a previsão de entrega de um novo conjunto habitacional de mais de 200 apartamentos”, disse. Na década de 1990, Pedreira já recebeu profissionais de Cuba, que ajudaram a implantar o PSF — que faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) — e na época engatinhava no Brasil. A vinda dos cubanos é outro braço do programa Mais Médicos e faz parte de um termo de cooperação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) na tentativa de suprir as vagas não preenchidas na primeira etapa do projeto — inscrição aberta para brasileiros e estrangeiros. Foram 16.560 inscritos quando o programa foi lançado, no começo de julho, mas somente 938 médicos confirmaram a participação — o que representa 6% das vagas disponibilizadas pelos prefeitos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por