PARANÁ

Médica acusada de matar em UTI se apresenta a tribunal

Virgínia cumpre obrigação de comparecimento mensal que lhe foi imposta pelo juiz

Agência Estado
27/03/2013 às 20:17.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:43
A médica e ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico Virgínia Soares de Souza (Divulgação )

A médica e ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico Virgínia Soares de Souza (Divulgação )

A médica e ex-chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Geral do Hospital Evangélico de Curitiba, Virgínia Soares de Souza, de 56 anos, se apresentou nesta quarta-feira (27) ao Cartório Judicial da 2ª Vara do Tribunal de Júri da capital do Paraná para cumprir uma obrigação de comparecimento mensal que lhe foi imposta pelo juiz Daniel Surdi de Avelar, responsável pela liberação dela no dia 20, depois de ter sido presa em 19 de fevereiro, sob a acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha.

O Ministério Público (MP) paranaense, porém, entrou com recurso para que Virgínia - acusada, com mais sete pessoas, de matar pacientes na UTI - volte para a prisão. De acordo com o advogado da médica, Elias Mattar Assad, a apresentação foi realizada nesta quarta-feira por precaução. "Esta apresentação referente ao mês de março foi feita nesta quarta-feira por cautela da defesa, pois, após as 18 horas, inicia-se o recesso judiciário de feriado de Páscoa. Feita a apresentação e extraída a certidão encerrou-se a cerimônia judicial", afirmou, em nota.

O MP também pediu ao Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) a instauração de um inquérito para investigar os ex-diretores do Hospital Evangélico. A entidade alegou não ter sido comunicada oficialmente e não se pronunciou a respeito do novo processo. Além das sete mortes que originaram o indiciamento de Virgínia e mais sete pessoas, a médica é suspeita de ter provocado a morte de mais 21 pessoas, cujos prontuários estão sendo analisados. Nesta terça-feira (26), o presidente da Associação de Medicina Intensiva (Amib), José Mario Telles, disse, por meio de nota, que a situação deveria ter "uma avaliação ou declaração de um especialista em medicina intensiva independente, solicitada pelo juiz, pela promotora ou pela auditoria do Ministério da Saúde, que tivesse uma visão completa dos casos", concluiu.

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