Média de gols do Guarani é a maior em 6 anos

Antes de a Série C do Campeonato Brasileiro começar, havia muitas dúvidas quanto ao desempenho do ataque do Guarani, já que o clube, apesar das tentativas, não contratou um centroavante inquestionável, que chegasse para ser o dono da camisa 9. Sem a peça, o técnico Marcelo Chamusca montou o time com o que tinha em mãos e, contrariando algumas expectativas, o setor ofensivo tem correspondido favoravelmente. Prova disso é que, desde 2010, o Bugre não iniciava uma competição com uma média tão boa de gols. Na atual edição da Série C, o time precisou de apenas cinco rodadas para balançar a rede dez vezes, obtendo, por enquanto, uma média de dois gols por partida. A última vez que o alviverde conseguiu números parecidos foi no Paulista de 2010, quando, em cinco jogos, marcou contra São Bento (3x1), Rio Preto (1x1) e Taquaritinga (6x3), e passou em branco diante de Osvaldo Cruz (0x1) e Linense (0x0). Dali em diante, as médias de gols marcados sempre foram baixas, tanto é que a equipe demorou para anotar dez num torneio. Nos Paulistas de 2011 e 2016 foram necessárias sete partidas, nos Estaduais de 2012 e 2013, oito, nos Paulistas de 2014 e 2015, e no Brasileiro de 2015, nove, na Série A, em 2010, e Série B, em 2011, o Guarani demorou dez jogos e na Série B de 2012, 11. Os piores índices são registrados na Série C de 2013, quando a equipe marcou o décimo gol apenas na 14ª rodada, e na Série C de 2014, quando fez isso somente no 16º jogo. Outro dado que contribui para o aproveitamento ofensivo é o fato de que todos os homens de frente já balançaram as redes. O artilheiro é Pipico, que fez dois. Deivid também marcou o seu, assim como Edinho e Fumagalli, que anotaram na última rodada. O meia Renato Henrique, que, apesar de reserva, esteve em campo em todas as partidas, também já deixou sua marca. "É o coletivo que tem sido o diferencial, aí as coisas acontecem naturalmente", avalia Deivid. "Os atacantes fizeram gols, nossos zagueiros também ajudaram (Ferreira e Leandro Amaro marcaram duas vezes cada). Assim que tem que ser", completa. O atacante Edinho explica que todos do setor ofensivo precisam saber da responsabilidade de marcar os gols, e que é preciso aproveitar o atual momento. "A gente sempre se cobra, e é bom que a maioria do pessoal lá da frente já tenha feito gol", pontua. "A fase é boa e temos que aproveitar todas as oportunidades que tivermos para colocarmos a bola pra dentro." AUREMIR E ZÉ ANTÔNIO SEGUEM COMO DÚVIDAS O treino do Guarani desta quinta-feira (23) manteve as indefinições em relação ao time que vai enfrentar a Portuguesa, na segunda-feira (27), no Estádio do Canindé. Os volantes Auremir e Zé Antônio mais uma vez não participaram da atividade e seguem como dúvidas para o confronto. Com um incômodo na região posterior da coxa direita, Auremir faz o processo de transição. Ele esteve no gramado, mas, de tênis, apenas deu voltas ao redor do campo. Já Zé Antônio, com um edema na coxa, fez exames, mas os resultados não foram anunciados pelo clube. Sem a dupla, o técnico Marcelo Chamusca fez um esboço da equipe com Evandro ocupando o meio-campo. Na primeira parte do treino, em uma atividade sem goleiros, o treinador montou o time com Daniel Damião, Ferreira, Leandro Amaro e Gilton; Evandro e Lenon; Edinho, Fumagalli e Deivid; Pipico. Na sequência, o elenco foi dividido para uma movimentação já costumeira durante a semana. Chamusca trabalhou finalizações com meio-campistas e atacantes, enquanto o auxiliar Caé Cunha comandou os defensores. O Bugre ainda treina nesta sexta-feira (24), sábado (25) e domingo (26), antes da viagem para São Paulo, no jogo que acontece segunda, às 20h.