Coluna publicada na edição de 17/1/19 do Correio Popular
Ponte Preta e Guarani vão se enfrentar daqui a dois meses, no Moisés Lucarelli, na 11ª e penúltima rodada do Paulistão. A minha expectativa é de que, a essa altura, os dois já estejam com a classificação para as quartas de final garantida ou, no mínimo, muito bem encaminhada. Apesar do fraco desempenho da Macaca no Paulistão de 2018 e da inacreditável ausência do Bugre em 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018, vejo ambos como candidatos à vaga. No mata-mata, o que vier é lucro, mas chegar lá é a meta a ser cumprida. Lutar pela permanência na divisão é algo aceitável apenas no Brasileirão. No Paulista, ambos carregam a tradição de uma cidade que já foi a capital do futebol. Acredito que as torcidas estejam satisfeitas com a formação dos elencos, embora ainda faltem algumas peças aqui e ali (um volante e um zagueiro no Brinco e pelo menos um atacante no Majestoso). A maior dúvida de bugrinos e pontepretanos é sobre a capacidade dos treinadores contratados para a temporada de 2019. Na Ponte, Gilson Kleina fechou 2018 em alta, mas não houve acordo para a renovação. A escolha de Mazola não empolgou a torcida, apesar da ligação do treinador com o clube. Com dez anos de carreira, Mazola trabalhou pouco no futebol paulista, com passagens por Ituano, Botafogo e Bragantino. Seu último clube foi o Criciúma. Em 33 jogos, teve aproveitamento de 47,7%. Da mesma forma, a torcida do Guarani recebeu com desconfiança o nome de Osmar Loss, profissional que trabalhou durante muitos anos na base do Corinthians, mas tem pouca experiência no comando de equipes profissionais. É certo que Mazola e Loss terão apoio das arquibancadas no começo do Paulistão, mas em uma fase de apenas 12 rodadas não terão muito tempo para implantar filosofias de jogo e nem poderão pedir cinco jogos para mostrar evolução. A pré-temporada é ridiculamente curta, os elencos são novos e ainda assim os dois precisam mostrar serviço logo de cara. Essas dificuldades são comuns a todas as equipes do Interior, mas, por serem o que são, Guarani e Ponte trabalham sob pressão maior. O desafio de Mazola e Loss será conquistar, o quanto antes, a confiança das torcidas. Isso será fundamental para que sobrevivam aos inevitáveis tropeços no estadual mais forte do País. Na torcida para que alcancem seus objetivos e se enfrentem, já classificados, no clássico, a coluna vai monitorar o desempenho dos dois treinadores. Após cada rodada, vou escrever sobre o desempenho dos times, com foco no trabalho dos dois comandantes. Boa sorte, Mazola. Boa sorte, Osmar Loss.