JOGO RÁPIDO

Mazola e Loss: a quarta rodada

Coluna publicada na edição de 2/2/19 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
02/02/2019 às 02:00.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:18

Depois de um final de semana em que nada deu certo para Ponte Preta e Guarani, a 4ª rodada do Paulistão foi muito positiva para Mazola e Osmar Loss. Na quarta-feira, a Ponte entrou em campo disposta a quebrar o jejum de 412 minutos sem marcar um gol (o último foi de Júnior Santos, aos 38’ do 1º tempo da vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba). A espera durou apenas 4 minutos. Com o gol contra de Léo Baiano, a Macaca saiu na frente e teve tranquilidade para construir a goleada por 3 a 0 sobre o Mirassol. Um fator importante foi que os outros dois gols foram marcados por Thalles. Por ser o centroavante, ele é o mais cobrado em um time que passou três rodadas sem marcar. Com um golaço de fora da área e um de pênalti, Thalles começa a ganhar a confiança necessária para fazer um bom campeonato. O mesmo serve para Mazola, que com sua primeira vitória colocou a Macaca na zona de classificação para as quartas de final. Na quinta, o Guarani foi ao Pacaembu pressionado pela derrota para o Oeste e pelo tabu de enfrentar um adversário que não conseguia vencer desde 1997. Osmar Loss mexeu em quase meio time e se deu muito bem. O Guarani abriu o placar logo no primeiro minuto com um gol de cabeça de William Matheus após cobrança de escanteio de Felipe Amorim. A partir daí, tivemos um ‘ataque contra defesa’ que durou até o último apito de Douglas Marques das Flores. O estreante Klever foi o nome do jogo. Fez quatro defesas difíceis e teve a sorte ao seu lado na cobrança de falta de Reinaldo, que explodiu no travessão. Os zagueiros Ferreira e Giaretta foram muito exigidos por um São Paulo que teve 74% de posse bola, 17 finalizações e 15 escanteios. Jogaram muito bem e contaram com a importante colaboração dos outros oito companheiros de linha, todos aplicadíssimos na marcação. A vitória que encerrou o tabu foi marcante, mas nem por isso Loss deixou de reconhecer os erros de sua equipe. Ele enalteceu a capacidade de sofrer do Guarani, mas disse com todas as letras que não é assim que ele quer que o time se comporte em partidas semelhantes. A análise é correta. Contra o Corinthians, por exemplo, o Bugre conseguiu dominar diversos momentos da partida, o que não aconteceu no Pacaembu. O Guarani não vencia Corinthians e São Paulo na mesma competição desde o Brasileirão de 1995. Mesmo assim, naquele ano dois treinadores conseguiram a proeza: Pepe ganhou do Corinthians (2 a 1) e Nicanor de Carvalho do São Paulo (4 a 2). Loss repetiu a dose 24 anos depois em um intervalo de nove dias.

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