ARREMATE DO BRINCO

Maxion pretende dialogar com o Guarani

Intenção foi apresentada em reunião da empresa gaúcha com a Justiça, que aceita intermediar encontro

Carlos Rodrigues
09/04/2015 às 20:08.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:19
Dárcio Marques, representante da Maxion, esteve, nesta quinta-feira (9), em Campinas ( Dominique Torquato/AAN)

Dárcio Marques, representante da Maxion, esteve, nesta quinta-feira (9), em Campinas ( Dominique Torquato/AAN)

O esperado encontro entre a Justiça do Trabalho, Guarani e Maxion Empreendimentos Imobiliários não aconteceu nesta quinta-feira (9). Representantes da empresa gaúcha que arrematou o Estádio Brinco de Ouro em leilão, até se reuniram com a juíza Ana Cláudia Torres Vianna, mas deixaram o local antes da chegada dos dirigentes do Guarani. O impasse fomenta ainda mais a novela envolvendo o arremate do estádio. Nesta semana, a Magnum apresentou uma proposta para quitar as dívidas trabalhistas do clube e adquirir o Brinco na intenção de que o leilão seja anulado. O caso está nas mãos da Justiça.   Na conversa com a magistrada, a Maxion sinalizou a intenção de ter um diálogo com o clube para tentar encontrar uma solução. A garantia da construção de um novo estádio para o Bugre, no entanto, ainda não existe de forma concreta.   Presente à reunião, o advogado Dárcio Vieira Marques, representante da Maxion, não concedeu entrevista e, irritado, reclamou que a imprensa estaria "distorcendo" suas declarações ao dizer que a empresa não vai colaborar com o Guarani. Segundo a juíza Ana Cláudia, a Maxion se mostrou disposta a conversar com o clube.   "Eles quiseram deixar claro que não têm a intenção de ser o carrasco do Guarani. Querem achar caminhos, vão esperar um contato do clube, mas também querem ter segurança no negócio", explicou a magistrada. "Insistir que tentem achar uma forma de ajudar o clube. Eles vão estudar. Disseram que não pensaram nisso, mas é uma empresa que faz grandes investimentos. Com algum tipo de ajuda, podem viabilizar essa arena", completou.   A Justiça abre espaço para intermediar o encontro. "Se eles me pedirem, voltamos a conversar. Se o Guarani sinalizar que concorda e desista dos recursos, vai ser possível que eles caminhem num mesmo sentido", disse a juíza Ana Cláudia.   O presidente do Guarani, Horley Senna, chegou ao Fórum depois da saída dos representantes da Maxion, teve uma breve conversa com a juíza e disse que ainda não há uma definição sobre uma reunião com a empresa gaúcha. O dirigente também falou que o clube não vai mais se pronunciar até que saia a decisão da Justiça. De acordo com Senna, os problemas externos estão atrapalhando o rendimento da equipe, que, na quarta-feira (8), foi derrotada pelo Novorizontino e se complicou na luta pelo acesso à elite do Campeonato Paulista.   LEILÃO NÃO DEVE SER ANULADO   A juíza Ana Cláudia Torres Vianna confirmou, nesta quinta, que até o final da semana que vem, os embargos à arrematação solicitados por Guarani e Magnum serão julgados. Mas, pelo que acompanhou até o momento, a magistrada acha muito difícil que o leilão do último dia 30 seja anulado. Assim, clube e empresa teriam que apelar em segunda instância para evitar a confirmação do arremate do estádio Brinco de Ouro por parte da Maxion.   "Só há uma chance do leilão ficar inválido, que é se eu der razão nesse recurso que Guarani e MMG (empresa da Magnum) entraram. Tenho que ver os argumentos deles, mas tenho convicção que em tudo o que foi feito até agora, foi cumprida a legalidade", diz a juíza.   A magistrada também comentou sobre a proposta de R$ 81 milhões feita pela Magnum na última terça-feira (7). "Vou me manifestar sobre a proposta em julgamento, mas, da forma que ela veio, não dá para quitar toda a dívida. Temos que agir com cautela", explica. "E, para aceitar essa proposta, teria que anular o leilão e reconhecer que em algum ponto houve uma falha. Até o momento, não vislumbrei isso", completa a juíza. Nesta quinta, a Justiça indeferiu a proposta do Grupo Sena, que também tinha a intenção de arrematar o Brinco.   SEM TEMPO   Depois de se reapresentar, nesta quinta, e realizar apenas um trabalho físico, os jogadores do Guarani terão apenas a manhã desta sexta-feira (10) para treinar, visando ao jogo contra o São Caetano, que acontece no sábado (11). O técnico Ademir Fonseca comanda o treino e, após o almoço, a delegação já parte para a concentração.   ESCALAÇÃO   Um desfalque está confirmado para o duelo. Após tomar o terceiro cartão amarelo diante do Novorizontino, o lateral-esquerdo Bruno Pacheco vai cumprir suspensão e deve ser substituído por Thiago Cristian. A dúvida é o atacante Nunes, que sentiu dores no tornozelo e será reavaliado.   ESPERANÇA   Apesar da situação complicada na A2, os bugrinos tentam não jogar a toalha. "O momento é difícil, mas precisamos fazer nossa parte. É ganhar os quatro jogos que restam e ver o que vai acontecer", disse, nesta quinta, o volante Thiago Carpini, que deve novamente ser improvisado na zaga.

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