LEILÃO DO BRINCO

Maxion admite construir estádio para o Guarani

Em sessão de mediação, empresa gaúcha concorda em discutir o assunto para ajudar o clube no futuro

Renata Rondini
23/04/2015 às 22:11.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:40
Horley Senna conversa com Darcio Marques, representante da Maxion, durante sessão de mediação (Imprensa TRT-15/ Isabela Rodrigues)

Horley Senna conversa com Darcio Marques, representante da Maxion, durante sessão de mediação (Imprensa TRT-15/ Isabela Rodrigues)

A Justiça Trabalhista promoveu, nesta quinta-feira (23), uma sessão de mediação entre o Guarani e a Maxion Empreendimentos Imobiliários, que arrematou o estádio Brinco de Ouro por R$ 105 milhões em leilão no final de março, na qual a empresa de Porto Alegre se disponibilizou a construir um novo estádio para o time. O advogado Darcio Vieira Marques, representante da Maxion, confirmou o interesse da empresa em contribuir com o futuro do clube. “Queremos entrar em Campinas de mãos-dadas com o Guarani. Queremos fazer um projeto bonito para a cidade e que respeite a história do Guarani. Não queremos parecer o anjo mau. Propomos construir um novo estádio. Os representantes do clube ainda vão nos detalhar as necessidades e vamos avaliar como será esta ajuda”, explicou. A juíza Ana Cláudia Torres Vianna deu um prazo de 20 dias para que as partes se reúnam novamente e a diretoria do Guarani apresente em detalhes suas necessidades. “Há o empenho de todos em manter a história do clube e vimos a boa vontade da Maxion em colaborar com o Guarani. Começamos o diálogo, contudo são questões complexas que ainda dependem de mais avaliações criteriosas”, comentou. O 'bônus' que a Maxion propôs no encontro desta quinta é de viabilizar um novo estádio, do qual ainda não se discutiu capacidade e nem outros detalhes. O terreno que abrigará a nova casa do Guarani terá que ser disponibilizado pelo clube. Planos de um novo clube social, um outro centro de treinamento e demais necessidades da instituição não estão nos planos da Maxion. “Ainda vamos discutir como poderia ser esta ajuda, se com a captação de parceiros para a construção, um acordo de co-participação no estádio, o que mostramos é um gesto de boa vontade para manter a história do clube, porém ela tem limite e por isso pedimos uma avaliação criteriosa do Guarani sobre as necessidades do clube”, comentou Darcio Marques. O advogado afirmou que a empresa gaúcha só definirá o projeto que será implantado no local onde hoje está o Brinco de Ouro após ter a carta de arrematação da área, o que não tem prazo para acontecer, uma vez que ainda há recursos jurídicos a serem julgados sobre a questão. “A cada dia a dívida do clube aumenta e os R$ 105 milhões vão desvalorizando. Então, é de interesse das partes que esta situação se defina e por isso este diálogo aberto hoje (quinta) é importante para encontramos um caminho bom para todos”, disse Darcio. AVALIAÇÃO DA OFERTA Na próxima semana, o presidente do Guarani, Horley Senna, se reunirá com o Conselho de Administração e Comissão Imobiliária para discutir esta oferta da Maxion e apresentar no novo encontro com a empresa as necessidades do clube. “Eles acenaram com a possibilidade de colaborar com uma arena. Não tem nada de concreto, nenhum parâmetro. Vamos sentar, conversar com o Conselho e a Comissão. O Guarani precisa de condições mínimas para sobreviver. Vamos nos reunir com todos e colocar as necessidades do Guarani dentro de um novo contexto. A realidade é outra. O Brinco foi arrematado. A Maxion está receptiva para caminhar ao lado do Guarani e da Prefeitura”, comentou Horley. NOVO LEILÃO Um novo leilão para o estádio Brinco de Ouro está agendado para o dia 11 de maio pela Justiça Federal, devido às dívidas tributárias do clube. A juíza Ana Cláudia Torres Vianna garante que o juiz federal responsável já foi comunicado do arremate do bem por conta das ações trabalhistas. “Não quero comentar as ações de outro magistrado, contudo a Justiça Federal já foi comunicada. O leilão está consumado e o bem vendido”, afirmou. A MMG Consultoria e Assessoria, ligada ao grupo Magnum, realizou há duas semanas um reunião com a magistrada e fez uma contraproposta pelo Brinco, que não foi acatada. “A proposta deles passa pela anulação do leilão, o que não vejo a possibilidade”, disse Ana Cláudia. TREINO Enquanto nos bastidores o imbróglio do patrimônio do Guarani ganha novos capítulos, no campo, o técnico Ademir Fonseca quebra a cabeça para definir a equipe que enfrentará o Velo Clube no sábado (25). A vitória é essencial para manter o sonho do acesso vivo e o comandante ainda não definiu a defesa. O zagueiro Preto Costa realizou trabalhos físicos na beira do gramado nesta quinta, contudo ainda não é presença garantida no confronto de sábado, às 17h, no Brinco de Ouro. IMPROVISO Se, na quarta-feira (22), Ademir Fonseca improvisou Coppetti na zaga ao lado de Guilherme, nesta quinta foi a vez de Fernando Lopes compor o setor. O volante atuou em apenas uma partida pelo Bugre nesta temporada, no 2º tempo da derrota para o Água Santa, na Rua Javari. Mas os zagueiros Cris e Preto Costa e o lateral-direito Raoni, que estavam em tratamento no departamento médico, foram para a concentração nesta quinta e serão avaliados pelo treinador antes do jogo.

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