Ociosidade
Mário Sérgio Santos Rodrigues
Téc. em telecom, Campinas
Em um dia útil desses, um dos meus raríssimos dias de folga, resolvi passear pelo Centro da cidade de Campinas e cheguei à Rua 13 de Maio. Deparei-me com um mar de pessoas, milhares de indivíduos circulando pelo calçadão, indo e vindo, entrando e saindo das lojas. Então, como um filósofo, questionei-me se todos, como eu, estavam de folga. Coincidência? Seriam desempregados? Se sim, por que entravam e saiam das lojas e carregavam sacolas? Seriam milionários que não precisam trabalhar? Qual será o mistério de tanta mão de obra ociosa movimentando a economia da cidade?
Castro Mendes
Francis Robbins
Advogado, Campinas
Fazia tempo que não ouvia uma notícia tão boa: a reabertura do nosso querido Teatro José de Castro Mendes, ou, como é mais conhecido, Castro Mendes. Assisti a peça teatral Meu Amigo Raul e adorei. Foi uma feliz escolha da Secretaria de Cultura, comandada pela competente e dedicada Renata Sunega. O diretor Ton Crivelaro foi um dos produtores culturais de Campinas que mais
trabalhou para que o Castro Mendes voltasse a fazer parte da nossa agenda cultural. Nada mais justo do que a peça por ele dirigida seja a primeira a ser apresentada depois da nossa querida e respeitada Orquestra Sinfônica de Campinas. Parabéns Campinas: o Castro Mendes volta a abrir suas portas para receber a abundante e apreciada produção cultural da cidade.
Viracopos
Alberto Buscaglione
Economista, Campinas
Excelente e oportuníssima a reportagem publicada no Correio Popular em 6/11, pagina A5 sobre os problemas de aeroporto de Viracopos. As próprias autoridades aeroportuárias emitiram, em 2006, um atestado de incompetência e má administração, excluindo a pista auxiliar de possível uso para decolagem e pouso em caso de emergência. Sete anos se passaram e nada fizeram, agora se fala em mais 5 anos para ter a segunda pista pronta. (…) Espero que a empresa que assumiu a administração do aeroporto realmente seja competente, pois os planos para o futuro já mostrou, só falta segui-los e executar com qualidade.
Masculinidade
Carlos Serafim Martinez
Psicanalista, Campinas
O texto publicado sobre a masculinidade em declínio repete um viés equivocado de quase todo editorial “filosófico” publicado no jornal: segue o norte dos ideais. Isso é sempre furado. A julgar pela tese exposta, um dia um homem soube o que era ser homem. Convenhamos, como portar-se segundo o gênero sempre atormentou homem e mulher e isso, é bem provável, data do dia em que essas duas palavras foram pela primeira vez pronunciadas.
Rodízio
Renê Sant'Anna
Aposentado, Campinas
Nós sabemos que a classe média é a que mais está aproveitando a redução do IPI para compra de carros novos. Aproveito este espaço do Correio Popular para cumprimentar a presidente Dilma Rousseff que prorrogou o mesmo até dezembro. Assim sendo, aumentou o fluxo de carros no Centro de Campinas. Está na hora de se implantar aqui o tão falado rodízio, que funciona muito bem na Capital. É comum vermos passar vários carros com um só passageiro. Esse programa será muito bom para a cidade e trará economia para o bolso dos proprietários de veículos.
Halloween
Letícia Schulz Souza
Estudante, Campinas
Eu discordo da carta da psicóloga Eliana Carchedi Serra Fossa, publicada em 27/10 neste jornal, pois acho que o Halloween é uma festa na qual as crianças, adolescentes e, às vezes, até adultos saem às ruas para pedir doces nas casas, fantasiados ou não de criaturas sobrenaturais, sem o objetivo de “aprontar”. Muitas vezes a festa é comemorada junto aos familiares, sem o objetivo de passar para os filhos “que aprontar é superlegal”, como diz a autora. O Halloween traz uma mistura de culturas e conhecimento de novas pessoas, novas amizades, como muitas outras festas, e não está relacionada em sua raiz, com o aumento de violência, bullying, envolvimento de drogas, armas, ou outras coisas do tipo. (...)
Ocupações
Secretaria de Habitação e Cohab
Assessoria de Imprensa, Campinas
Em resposta ao comentário do sr. Augusto Barreto, publicado em 7/11, a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) e a Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab-Campinas) informam que em 2012, até o momento, o município sofreu 11 tentativas de ocupação irregular. Desse total, sete foram reintegradas aos proprietários por determinação judicial e outros três proprietários também já obtiveram o direito de retomar suas propriedades na Justiça, mas ainda aguardam a ação da Polícia Militar para desocupar as áreas. Já os ocupantes que protagonizam esse tipo de ação têm o direito de se cadastrar a qualquer tempo na Cohab-Campinas para pleitear moradias por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. No entanto, ao contrário da afirmação do leitor, esses grupos não têm prioridade de atendimento.
Caso Ubiratan
Carlos Alberto Marchi de Queiroz
Professor de Direito, Campinas
O Correio Popular, edição de 8/11, B2, noticiou o desfecho do caso Ubiratan, de forma curiosa. Inicialmente, o texto afirma que “os jurados definiram (...) que Carla Ceppolina é inocente da morte do coronel Ubiratan”, arrematando, a seguir, que “os jurados consideraram as provas insuficientes”. O artigo 386 do Código Penal dá ao juiz, ou aos jurados, sete opções de absolvição. A quarta delas é a inocência, e a sétima e última, a insuficiência de provas. O Brasil adota um modelo diferente dos Estados Unidos, onde, nos seus 51 estados, o réu é considerado inocente ou culpado por todos os doze jurados. Carla Ceppolina foi absolvida pela maioria dos sete jurados por insuficiência de provas, apoiados pelo princípio latino in dubio pro reo. A dúvida continua.
Enem
Alunos do 5º ano C
E. E. Marechal Mallet, Campinas
Lendo a matéria “MEC aponta que boato sobre o Enem partiu de Campinas”, publicada em 6/11, gostaríamos de parabenizar a sra. Maria Lúcia Diniz Abdalla, pela coragem e honestidade em denunciar a própria filha, pois acreditamos que ela deu uma grande lição a todos nós: “não compensa trapacear”, e ainda provou que o sistema de aplicação das provas tem falhas.
Políticas Sociais
Fabio Biral
Jornalista, Campinas
Marcos Cintra, no dia 5/11, disse que o PT encontrou o caminho pavimentado para a implantação das políticas sociais. Não concordo, pois, se o caminho estivesse pavimentado, a economia do País teria aterrissado (termo usado por economistas) antes de Lula assumir o poder. FHC relegou ao segundo plano as políticas sociais determinantes, os contrastes no campo social ficaram ainda mais agudos durante esse governo. A prioridade para FHC eram os banqueiros, que contemplados com um manancial de privilégios dos mais torpes, possuíam verdadeiras “mamatas” ancoradas nos cofres públicos. Foi apenas quando o equilíbrio da economia deixou de ser mantido artificialmente, com o governo do PT, é que o equacionamento do problema social passou a ser uma prioridade. (...)